domingo, 30 de dezembro de 2012

Os tipos que perdi

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lindona
 
Perdi três caras legais por sua causa. O primeiro, todo mundo sabe, foi uma tentativa mongolóide de me vingar pelo fim sem fim que você deu pra nossa história. Me arrependo de ter colocado ele no meio da nossa confusão, mas agradeço demais ao mesmo por ter sido o meu ar quando eu não lembrava como se usava o pulmão.
O segundo, ninguém soube, nem ele, que o meu motivo foi você. Somos, talvez, almas bem gêmeas. Eu e ele. Iguais, iguais, iguais… De doer o cérebro. Eu falo, ele completa. Eu penso, ele diz. Eu começo uma piada, ele termina e só a gente entende. Ele é tão igual a mim, que durante as poucas semanas que ficamos juntos, comecei a perceber o quanto sou chata. Resolvemos: somos amigos. Muitos amigos! E eu precisava de alguém assim na minha vida. Mas o meu motivo real, só assumo agora: eu não quis aceitar que minha alma gêmea não era você.
O terceiro, e mais recente, tá me fazendo pirar. Eu sei, no fundo do meu coração, que eu e você não faremos mais parte da vida um do outro. Sei que não sou sua mulher. Que não sou seu amor. Mas aceitar que outra pessoa me ame, me dá pavor! Vai ser a primeira vez, desde você, que alguém me ama. E eu tenho a lembrança do seu amor tão forte que se não for do jeito que eu acho que deve ser, vou chorar, gritar e querer morrer. Foi assim com tudo que eu fiz pela primeira vez depois de você. Ninguém nunca ganhou de você em nada. Mas amor é coisa séria e ele não merece o peso da comparação.
Meu trauma é tão grande que ontem eu não consegui nem sorrir quando ele fez aquela coisa clichê de pensar no nome dos nossos futuros filhos e etc., claro que ele percebeu, e ai surgiu você. Ele te chama de meu Fantasma, acho adequado, mas meio triste. Não queria ter precisado te matar pra poder continuar viva. No fim, nem deu certo. Você me assombra o tempo inteiro. Agora, tenho quase certeza, perdi esse também. Terceira chance de ser amada, terceira chance jogada fora por alguém que não lembra nem que eu existo.
Eu não te amo, não como a mulher que eu sou. Tenho certeza disso. Mas a menina que eu fui sempre vai te amar. E nós duas achamos que nunca iremos superar o medo de sermos deixadas de lado outra vez, por outra pessoa.
Quis escrever esse texto assim, direto pra você, porque apesar de tudo, só eu e você sabemos do amor que a gente teve e só a gente sabe da dor que um causou no outro. E se eu te dei traumas que sequer cheguem perto desse meu, desculpa.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

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Não era pra ser. E sabe de uma coisa? Eu nem queria que fosse mesmo… E sabe por quê? Porque precisa ser homem pra carregar o fardo do amor de uma mulher, e ele só tinha forças para se masturbar… E olhe lá! Não era pra ser. E foi ótimo constar que não me entristeceu. Tô feliz, e o mais surpreendente dos fatos: estou melhor sem ele.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Estalo de consciência. Prova do vestido e a coragem pra fugir.

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O dia tinha sido incrível. Almoçamos em um restaurante legal, fomos ao shopping e depois um cineminha para assistir àquele filme super engraçado que alegrou ainda mais nosso encontro. Dia perfeito, até que...
Cheguei em casa e prometi que iria só trocar de roupa, e foi aí que percebi que a bolsa que eu usava não estava combinando com o look escolhido para a noite. Joguei tudo na cama e notei que eu havia recebido uma mensagem. Era dele.
...
Tremi, o coração acelerou e provavelmente, eu havia ficado vermelha também. Meu namorado, na intenção de fazer surpresa, me abraçou por trás. Tive um sobressalto. Ele percebeu. Reparou em minha reação assustada e perguntou se havia algo errado. "Não!" respondi rapidamente. Ele insistiu olhando para o celular: "Alguém te ligou?. "Não" eu respondi com firmeza. "Foi só uma notícia ruim que li na internet agora", tentei convencê-lo. "Que notícia?". "Um avião que caiu na Turquia" (essa foi a primeira desculpa que me veio à mente). Meu namorado estranhou o porquê de tanta comoção e eu tentei me justificar com um falso patriotismo. "Alguns brasileiros estavam nesse avião. É sempre muito triste isso". Falei de forma tão melancólica que ele acreditou. Ele beijou minha testa e disse que me esperaria na sala. Quando ele saiu, eu desabei.
Desci as escadas como se eu tivesse indo à forca. Me aproximei dele e sussurrei ao seu ouvido: "Não quero mais ir a lugar nenhum". Ele ficou sem entender, tentou me convencer, mas nada. Meu dia havia acabado ali.
Me despedi dele na porta. Esperei ver o carro virando a esquina. Rezei para que ele não checasse as notícias do dia. Respirei fundo. Pensei em você. Pensei nele. Pensei em mim e no que eu estava fazendo ou tinha feito com a minha vida.
Voltei pro quarto, me tranquei e chorei. Foi neste dia que a consciência deu o primeiro estalo: "Você não o ama".
                                                                   ...
Eu antecipei a prova do vestido de noiva a pedido da sua mãe, que parecia muito mais ansiosa que eu. Esperamos por quase 40 minutos até adentrarmos aquela ampla sala cheia de espelhos. Quando vi o vestido achei bonito. Minha futura sogra já estava com os olhos marejados, mas eu não consegui sentir nada o vendo assim fora do meu corpo. Tudo mudou ao experimentar o vestido. Quando coloquei aquela peça branca em mim senti uma angústia no peito. Uma vontade de chorar. Sua mãe achou que era emoção e eu realmente também cheguei a pensar que fosse. Até que me olhei no espelho e a vendedora trouxe a tiara com o véu. Não me contive. Desabei em lágrimas soluçantes. Não era emoção, não era medo, era arrependimento. Essa foi a segunda vez que a minha consciência me alertou: "Você não o ama".
...
Eu sei que a nossa briga foi exagerada pelo meu excesso de drama. Drama esse que você já não suportava mais. Nossa convivência antecipada nos fez enxergar mais de perto os defeitos um do outro. Você me abandonou aos prantos em casa. Bateu a porta com força e saiu feito um louco da garagem. Imaginei que você estivesse indo para a casa da sua mãe. A essa altura só você poderia fazer isto, pois eu estava bem longe da minha. Telefone na mão, angústia no peito e uma dúvida para quem ligar. Disquei um número, que não estava na minha agenda de contatos, sem pestanejar. Ao ouvir a voz dele, tremi.

Voltei a sentir aquela mesma sensação de quando eu recebi sua mensagem. Conversamos pouco, mas um pouco que me fez sorrir a noite inteira. Ele preencheu o vazio e naquele momento eu já não precisava de ninguém, só dele.
Dois dias se passaram e o meu, agora noivo, voltou pra casa com alguns presentes. Me comportei feito uma gatinha domesticada, fiquei feliz, vibrei com os embrulhos e assim consegui esconder minha raiva e os meus planos. No terceiro dia, fugi.
E agora é isso. Não me importa mais casamento daqui a 11 dias. Não me importa mais se o vestido era bonito, se eu terei que arcar com as multas contratuais, não me interessa. Olha eu estou feliz! Eu estou do lado de um cara que não tem lá muito estudo e muito menos uma boa conta bancária. Ele não tem carro de luxo e nem pinta de playboy, mas ele é lindo. E tem o maior coração que eu já vi na vida. Eu reafirmo: "EU ESTOU FELIZ". E não, eu não te troquei por um moleque. Te troquei por um homem... o homem da minha vida!!!

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Carta Extraviada (O que eu nunca deveria dizer)

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Eu sempre fui de me apaixonar fácil. Desenvolvi essa capacidade com o Leonardo DiCaprio, depois com o meu professor de biologia, o professor de literatura, o carinha da biblioteca... mas, todos - todos - platônicos. E sempre me dei muito bem com isso. Até porque naquela época a reciprocidade do beijo de língua não me parecia muito higiênica.
Até que um dia encontrei um garoto alto, de pele morena, cabelo liso partido para o lado, um sorriso bonito e um olhar de estrelinhas. Gostei dele de cara. Estudávamos juntos no cursinho e logo descobrimos afinidades maiores do que passar para a mesma escola técnica. Nós gostávamos das mesmas séries, os mesmos filmes, os mesmos desenhos animados, revistas em quadrinhos. Conversávamos na entrada da aula, no intervalo e não demorou muito para matarmos aulas.
Eu sentia algo diferente por ele... e não demorou muito para que ele começasse a sentir o mesmo por mim.
Eu, afobada como sempre, declarei logo que era amor e ele, entrou na dança. Nos gostávamos, nos dávamos bem e isso bastava. Andávamos de mãos dadas, ríamos, ficávamos pertinho um do outro, mas nada de beijos ou contato mais físico. O ano acabou. Nós não passamos. Ficamos em escolas diferentes e foi ai que o negócio começou a mudar.
Eu já andava toda tristinha e desacreditada no cupido quando ele apareceu na minha escola. Quase morri. Coração acelerado, pernas bambas, borboletas no estômago. Meu Deus, eu estava apaixonada. Foi nesse mesmo dia o nosso primeiro beijo. O meu primeiro beijo.
Gamei mesmo. Dessa vez era diferente das outras paixões. Dessa vez era verdadeiro e recíproco. Pelo menos era isso que eu achava. Ele foi meu primeiro amor e, consecutivamente, minha primeira e mais dolorosa (por ser a primeira) decepção.
Chorei. Chorei tanto que seria capaz de acabar com a seca no sertão! Me dediquei a uma fossa com direito a ouvir as mais tristes músicas de Sandy e Júnior e me acabar em algumas caixas de chocolate.
Me fechei para balanço. Durante esse período eu ficava com a saudade e ele com outro alguém.
Era estranho porque eu não tinha mais notícias dele, não o via com nenhuma frequência e não nos restou mais nenhum amigo incomum, mas de alguma forma ele permanecia comigo. Se eu tivesse ido a um psicanalista naquela época ele diria que se tratava de um trauma "pós-pé-na-bunda", talvez eu não conseguia aceitar a rejeição já que eu sempre fui bastante mimada e amada por todos à minha volta. Enfim, racionalmente existiam inúmeras teorias, mas não era isso. Eu sabia que era algo mais forte.
O tempo enfim passou. Eu conheci outros garotos, namorei alguns deles, larguei esse troço de amor e me concentrei nos estudos. Entrei na faculdade.
Dia 08 de junho de 2011. Entro atrasada pra aula e me deparo com a última pessoa que imaginava ver na vida: Ele. Todo sonso teve a cara de pau de vir falar comigo como se eu fosse uma amiga de infância. E foi assim que eu passei a me comportar: A partir daquele dia, éramos, de fato, amigos de infância. 
Ele havia mudado. Já não tinha as tais estrelinhas que me encantaram. Agia como todos os outros. Tinha se transformado em um devorador de corações. Teve seu coração devorado. Eu fui amiga, conselheira, terapeuta e quase fada madrinha. O tempo passou e eu passei a enxergá-lo como nunca enxerguei ninguém na vida. Eu o conhecia, por fora e por dentro.
Alguns chamam de bipolaridade, outros juram ser traços de características sociopatas, mas eu não. Não o julgo porque o conheço. Porque eu sei exatamente o que ele sente. Sei como é ser um E.T. Não, não tem nada a ver com outro planeta . Não precisa informar ninguém da NASA! Não é disso que eu falo. Falo do "não se encaixar". Do sorrir por fora e gritar por dentro. De achar tudo um saco e fazer cara de paisagem. É sentir algo que dói. Uma dor que passa quando se está acompanhado, mas sempre volta a doer quando se fica sozinho. Dói mais ainda no meio da multidão.
Nossa relação é estranha. Eu estou sempre falando as mesmas palavras a ele. Ele, por sua vez, permanece com sua teimosia. E a gente segue se desentendendo, se desencontrando, seja no silêncio ou na repetição dos clichês. Nunca se afastando realmente e também nunca juntos. Uma lengalenga que pode até parecer amor - e eu até cheguei acreditar que fosse, mas na verdade não é amor, é identidade. Eu, sou otimista de carteirinha. Não importa quantas vezes as pessoas me magoam, eu sempre vou acreditar. Por mais que eu caía, insisto em me levantar e fazer de novo e de novo, quantas vezes preciso for. Talvez seja excesso de determinação ou gosto por machucados, mas eu sempre fui repetente em meus erros, sempre boba em minhas crenças. Ele, por sua vez, sempre teve o orgulho maior que qualquer outra coisa. Quando cai, levanta rápido, mas quando ninguém percebe ainda lamenta os machucados, mas nunca, nunca dá o braço a torcer. Guarda tudo pra si... endurece e esfria por dentro.

Eu sou o que ele tem de melhor e ele o que eu tenho de pior. Nos completamos. Somos pessoas idênticas sentindo tudo errado.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

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Minha história não é segredo para ninguém. Só quem já amou sem ser amado entende os meus textos. Mas o que eu não esperava é que do outro lado de alguma outra tela existia alguém que lia os meus textos todos os dias e que ficava ansioso por alguma publicação minha... Eu não esperava que alguém entendesse os meus sentimentos tão bem. Obrigada Gustavo Vale por não me julgar, por me compreender, obrigada pela sua paciência, atenção e principalmente, obrigada pelo lindo texto.

“Ela será única. Você conhecerá outras pessoas, terá um flashback com a sua ex namorada, terá uma nova namorada, mas ela continuará sendo a sua preferida. Provará outros beijos, se sentirá frustrado, algumas vezes, ao perceber que aquela loira linda da festa não beija tão bem assim. Passará a mão em outros cabelos, alguns mais longos, outros mais curtos, mais cheios, mas de qualquer forma, sentirá falta dos cabelos dela, que de tão pouco se perdiam nos seus dedos. Você sentirá outros perfumes, amadeirados, cítricos, doces, e sentirá falta do cheiro da pele dela, que tinha um cheiro tão bom que te fazia fechar os olhos e suspirar fundo. Você chorará, toda noite, baixinho, sentindo a maior saudade que você já sentiu em toda a sua vida. Olhará para os lados, verá a vida passando, e sentirá uma falta quase mortal da vida que ela te proporcionava todos os dias. Você entenderá que a amava. Você entenderá que a ama. Você entenderá que ela será eterna. E-t-e-r-n-a. Você, ao conhecer outras com o mesmo nome, sentirá um aperto no peito ao dizer que esse nome é lindo, sentirá suas mãos tremerem ao lembrar que ela fazia combinação com as iniciais dos nomes de vocês para os seus futuros filhos. O seu celular, ao tocar, após anos, após milhares de vezes, ainda desejará realizar uma ligação de vocês, aonde ela dirá que ainda te espera, e você dirá que está indo buscá-la, assim como em um texto que um dia ela escreveu. Você irá ler, palavra por palavra de tudo que ela escreveu um dia, e se surpreenderá ao ver que ela suplicava por você. Você se sentirá um idiota. Mas ela, ela continuará sendo única. Ela continuará sendo sua. Você continuará sendo dela. Mas a vida continuará. Ela fará um esforço descomunal para te esquecer, talvez, por alguns anos, ou até que toque a música de vocês, conseguirá. Lembrará de vocês com uma pequena tristeza mas com um grande afeto, assim como ela sempre disse, você ainda será a escolha dela, mas infelizmente, a vida lhe deu outras opções … Reticências, sua vida será repleta delas, assuntos não terminados, desejos não obedecidos, o maior e único amor da sua vida, perdido pela sua incapacidade de amar alguém.

PS: Chorei com cada palavra, cada vírgula... Chorei, mais ainda, por imaginar que ele nunca perceberá isso.

domingo, 14 de outubro de 2012

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O destino mudou a nossa trilha sonora. Você saiu da pista e eu, dancei.

sábado, 6 de outubro de 2012

Ainda quero o meu casaco.

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Eu e meu coração não nos damos muito bem. Há algum tempo eu abri mão de alguém que ele gostava muito e hoje ele me puni com doses cavalares de saudade.

Dizem que o mundo gira, que vida é um ciclo e essa tem sido a única justificativa que eu me dou para que você seja tão repetitivo na minha vida. É estranho, é muito estranho saber que você ainda está aqui, mas eu não estou mais aí, fui substituída. Isso mesmo, neste exato momento outra ocupa o meu lugar. E não adianta vir com essa filosofia Cury de que “você é insubstituível” e blá, blá,blá. Eu sou. Eu sei que sou. Ninguém nunca irá fazer o que eu fiz e da maneira que eu fiz. Mas foda-se. Não interessa. O que importa é que agora ela está em um lugar que era meu.

Tenho saído bastante, conhecido novas pessoas, trocado mais que olhares e telefonemas... Mas não perco a razão, ou melhor, não perco o coração. Ele continua blindado. Declarou guerra, nenhum sobressalto diante de nenhuma voz ou fisionomia que não seja a sua. Simplesmente congelou. O meu corpo eu ainda aqueço com uma bebida quente, dessas que descem rasgando a garganta, mas a alma não. E não há kamasutra no mundo que transforme sexo em amor, quando o coração não entra nessa.

Não quero que pense que eu me transformei em uma dessas mulheres amargas e mal amadas, não, pelo contrário, eu até que estou sendo bem amada, só não consigo é retribuir na mesma proporção, e isso também machuca.

                                                               ...

Não sei o que acontece comigo... Eu estou em uma fase bacana. Eu me tornei uma mulher bonita e interessante, pelo menos é isso que os outros me dizem e confesso que a minha auto confiança também já detectou. E por incrível que isso pareça eu cheguei a um patamar em que eu posso escolher. Mas eu não escolho!!!  E alguém pode dizer: “Você ainda gosta dele, não é?” Gostar não é bem a palavra certa, acho que é bem mais que isso. Sabe quando você vai viajar para a praia e só coloca na mala roupa de verão? Aí de repente começa a fazer aquele frio de bater os dentes e você se lembra de que em algum lugar da sua mala tem um casaco quentinho, o único capaz de te esquentar? Então você começa a procurar por ele em todo canto, e não entende porque cargas d’agua você não o guardou com mais carinho. Pois é, você é o meu casaco. Dentre todas as roupas só você é capaz de me aquecer... e ultimamente tem feito muito frio em mim.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

As novas sensações

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Você me encontrou num péssimo dia. Eu não fui nem educada e muito menos doce com você, características essas tão típicas minhas. Não, e o problema também não era com você, era comigo – bem clichê isso, né? Mas de fato o problema era comigo. – É que no dia anterior eu tinha levado um fora, mas não um fora qualquer, daqueles que a dor alivia comendo chocolate ou assistindo  a um filme romântico em que o mocinho é tão fantástico que você volta a acreditar na espécie “homem”. Não, o meu foi “O FORA”, daqueles que você perde o chão, quebra a cara e cai na real. Chorei por fora até quando as pessoas ao meu redor se cansaram de mim, chorei por dentro até quando eu sequei. Me prometeram um mar de amor e quando eu enfim pulei não era nem sequer um córrego. Enfim, me fechei para balanço. Então quando você apareceu eu nem tinha mais fé em nada. Logo naquele dia em que meu cabelo nem arrumado estava e eu fiquei tão distraída esperando meu sorvete de Ovomaltine (não gosto mais de morango!!!), você vem e e me chama de Pequena Sabine – quem além do meu avô me chama de Pequena Sabine? – você me chamou assim e eu te sorri como se eu fosse a pessoa mais importante do mundo, alguma estrela sendo reconhecida por um fã. E ao te ver, franzi a testa tentando vasculhar alguma lembrança sua, mas você foi ágil e sincero ao me dizer que de fato eu não te conhecia, mas você sim. Não só me conhecia, como também me lia e me entendia. Foi bem aí que você ganhou 3.000 pontos comigo. Mas mesmo assim, eu estava com pressa e também não estava afim de papo. Não queria saber de homem, aliás, queria saber de um, que por sua vez não me queria – coisa triste a gente querer quem não quer a gente .
Não trocamos telefone e nem um outro contato de redes sociais, mas você foi esperto e me procurou no google. Riu dos meus vídeos no youtube, me adicionou no facebook, me seguiu no twitter e conseguiu meu número. E já tem alguns dias que a sua voz é a primeira que ouço ao amanhecer e a última quando já estou na cama prontinha para dormir.
Você está me ganhando garoto. Aos poucos, bem pouquinho.

domingo, 29 de julho de 2012

O teu primeiro texto

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Você sempre me disse que sua maior mágoa era eu nunca ter escrito um texto sobre você. Nem que fosse te xingando, te expondo. Qualquer coisa...
Você sempre foi o único homem que me amou. E eu nunca te escrevi nem uma frase num papelzinho amassado.
Você sempre foi o único amigo que entendeu essa minha vontade de abraçar o mundo quando chega a madrugada. E o único que sempre entendeu também minhas crises de choro quando eu constatava que já era impossível abraçar alguém, o que dirá o mundo.
Outro dia eu encontrei um diário meu, de 2003, e lá estava escrito: “hoje eu larguei meu namorado sentado e dancei com ele na festa de formatura”. Ele, no caso, é você. Dei risada e lembrei que em todos esses anos, mesmo eu nunca tendo escrito nenhum texto para você, eu por diversas vezes larguei vários namorados meus, sentados, e dancei com você. Porque você é meu melhor companheiro de dança, mesmo sendo tímido e desajeitado. Depois encontrei uma foto em que você está com um daqueles óculos escuros espelhados de maconheiro. E eu de saia rodada de bailarina. E nessa época você não gostava de mim porque eu era a cdf da classe. Mas eu gostava de você porque você tinha um cabelo de nuvem e um lindo par de olhos verdes que só ficavam verdes para mim. E eu me achei horrível na foto, mas senti uma coisa linda por dentro - deu uma saudade da gente naquele tempo. Aí lembrei que alguns anos depois, quando eu já não era mais a bobinha da classe e sim uma universitária metida à esperta que discutia livremente sobre política, religião e futebol, você viu algum charme nisso e me roubou um beijo. Eu me senti tão traidora porque tinha uma devoção cega àquele namorado que logo em seguida me abandonou. Foi ridículo. Eu chorei por dias e dias, mas assim, um choro ingênuo, choro de uma recém casada que vê seu marido indo para guerra. Chorei por outro em teu colo e você permaneceu ali. E mesmo assim, não te fiz nem sequer um texto de gratidão.
Não te escrevi nenhum pedido de desculpas, quando eu mesmo sabendo que você estaria ali na fila para ocupar a vaga no meu coração, fiz uma seleção às escuras. Optei por outro e te mantive no cargo de eterno amigo.
Também não sei por que eu não escrevi um texto quando você foi na minha casa me visitar e me viu jogada no tapete da sala aos prantos, e me disse a frase mais linda que eu já ouvi na minha vida: “eu sei que você não gosta de mim, mas deixa eu ficar perto de você  mesmo assim”. Eu poderia ter escrito um texto para você, quando eu te pedi a única coisa que não se pede a alguém que ama a gente “me faz companhia enquanto ele não volta?”. E você fez. E você me olhava de canto de olho, se perguntando por que raios fazia isso com você. Talvez porque mesmo sabendo que eu não amava você, você continuava querendo apenas continuar perto. E eu me nutria disso. Me aproveitava. Sugava seu amor para sobreviver um pouco em meio à falta de amor que eu recebia dele, do outro.
Eu fui tão cruel com você e com os teus sentimentos. E mais uma vez, você estava ali oferecendo seu ombro, seu colo, seus ouvidos e seu amor.
Depois você começou a namorar uma menina e deixou, finalmente, de gostar de mim (eu acho). E eu podia ter escrito um texto para você. Claro que eu senti ciúmes e senti uma falta absurda de ti. Mas ainda assim, eu deixei passar em branco. Nenhuma linha sequer sobre isso. Depois eu também podia ter escrito sobre aquele dia que você me xingou até esgotar seu vocabulário de palavrões. Eu fiquei numa tristeza sem fim. Depois pensei que a gente só odeia quem a gente ama. E fiquei feliz. Pode me xingar quanto você quiser desde que isso signifique que você ainda gosta um pouquinho de mim.
Quando eu berro Strokes no volume mais alto ou quando eu me sinto feliz com alguma ironia barata. Tudo é você. Quando eu coloco um brinco pequeno ao invés de um grande. Ou quando eu fico em casa jogada no sofá assistindo documentários históricos. Tudo é você. Eu sou mais você do que fui qualquer homem que passou pela minha vida. E eu sempre amei infinitamente mais a sua companhia do que qualquer companhia do mundo, mesmo eu nunca tendo demonstrado isso. E, ainda assim, nunca, nunquinha, eu escrevi sequer uma palavra sobre você. Até hoje. Até essa madrugada. Em que você, pela primeira vez, foi embora sem sentir nenhuma pena nisso. Foi a primeira vez, em todos esse anos, que você simplesmente foi embora!!! Como se eu não fosse nada ou que não tivesse nenhuma importância. Você se foi. Me abandonou sem aviso prévio. E o que você usa para não sentir dor ou saudade? Foi a primeira vez que você deixou de me olhar, de ficar por perto. E foi por isso, porque você deixou de ser o menino que me amava e passou a ser um homem de verdade , que se respeita, que se impõe  e que talvez ainda me ame, mas que mais que isso, se ama, que agora, só agora, você mereceu um texto meu.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

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Você pode não pensar, você pode pensar em esquecer, mas eu lhe digo: se você me ama, com amor, sem maldade, você não vai me esquecer. Não saio daí de dentro, nem que você me pegue pelos cabelos. Mas você também pode me pegar pelos cabelos e nós podemos…ok, nós sabemos o que nós podemos. Nós podemos tudo, não é mesmo? Você já percebeu como nós somos? Rimos, brincamos, brigamos, choramos, amamos…é assim mesmo, amor. Desse jeito. O amor é assim, amor. Amor, o amor pode doer, pode dar saudade, pode fazer o lado vulnerável arrastar correntes pelo quarto na madrugada…mas ele é lindo. Lindo como você.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

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Eu já parei o meu tempo, mudei minha rotina e esbandalhei minha vida uma vez, e não vou fazer isso de novo. Não vou! Porque não há amor no mundo que justifique a falta de amor próprio.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

No meio do caminho, desisti.

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Desisti no meio do caminho.
Desisti porque lembrei do passado. Cenas felizes, beijos ardentes, confissões sussurradas, sorrisos, lágrimas e reconciliações febris... bumerangues humanos numa brincadeira dolorosa.
Desisti no meio do caminho porque me perguntei o que aconteceria depois dali e não obtive respostas. Incertezas me assustam. Sou uma pessoa planejada, gosto de rotina e qualquer imprevisto me deixa perdida.
E por fim, no meio do caminho desisti porque percebi que eu tenho futuro e não poderia alcançá-lo se continuasse assim, sonhando e vivendo para trás.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

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Eu nem deveria mais ouvir esse tipo de música. Mas elas não tem culpa, culpada sou eu que insisto em associações.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

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Ele não vai te ligar e pedir desculpas, talvez não fale com você nem por internet. Não vai se arrepender de nada do que fez, e nem reconhecer que errou. Não vai perceber que está te perdendo aos poucos, ou que já perdeu. Não vai pedir pra que tudo volte a ser como era antes, ele está feliz assim. Não vai dizer para os amigos que sente a sua falta ou algo do tipo, e nem lembrar de você ao ouvir uma música. Ele não vai passar noites acordado pensando no quanto poderia ter dado certo, nem vai ficar imaginando planos que um dia poderiam se realizar. Não vai sentir ciúmes ao ver você conversando com outro menino, e com toda certeza do mundo, não vai passar horas no seu perfil só pra saber como foi seu dia, ou se você se interessou por alguém. Ele não vai perceber que fez a maior burrada de sua vida, nem vai se lamentar por ter perdido a pessoa que o fazia sorrir. Ele não vai compartilhar fotos de casais no facebook, e nem escrever coisas tristes no twitter. Ele não vai chorar, nem sofrer e muito menos morrer de amor. Não vai dar justificativas do porquê de tudo ter acabado, e nem vai querer saber o que você pensa sobre, e nem como você reagiu a tudo isso. Ele não vai sorrir ao te encontrar na rua, e se te ver, não vai ficar pensando o dia inteiro em como seu cabelo estava lindo, ou em como o seu sorriso é estonteante. Ele não vai correr atrás de ninguém, e provavelmente logo estará com a menina mais fácil que encontrou por aí. Ele não vai te amar, isso, se chegou a amar um dia.
PS: Esse foi um texto escrito pelo meu sensato cérebro ao meu burro coração.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Esperança. Esperan... Esperar... Cansa!

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E me levou esse tempo, mas eu descobri, e você está achando que vamos ficar bem de novo, mas não dessa vez. Essa é a última falha, não quero me machucar mais. E você pode dizer que você sente muito, mas eu não acredito em você como eu acreditava antes – e pra ser sincera eu nunca acreditei em você, eu acreditava em mim e no meu sentimento cego. Você não está arrependido. Poderia ter te amado por toda a minha vida, se você não tivesse me deixado pela milésima vez esperando. Mas você teve seus motivos, cercados de segredos, e eu estou cansada de ser a última a saber. E agora você está me pedindo para escutar, porque isso funcionou todas as outras vezes. Você me teve apaixonada por você, você me teve ajoelhada aos seus pés, implorando por atenção, me contentando com migalhas de carinho. Você me teve e abriu mão de mim.

E o que eu tenho a dizer é que o tempo não é remédio, ele não nos cura, mas às vezes funciona como lentes de aumento nos ajudando a enxergar tudo que sempre esteve ali, bem debaixo do nosso nariz. Nem tudo o que é verdadeiro fica. O sentimento verdadeiro um dia também se cansa. Acabar? Jamais. É o cansaço mesmo… um dia a gente cansa de admitir uma culpa que não é nossa. Cansa de esperar por uma ligação, cansa de ficar acordada até tarde esperando por notícias. Simplesmente se cansa, nunca vai ser fácil admitir isso, nunca vai ser fácil ter que suportar a sua ausência, mas pra você já não faz diferença, se é que algum dia já fez. Sinceramente cansei, de amar por dois, de criar expectativas e me decepcionar... Este sentimento por você não morreu, apenas se cansou. É duro de admitir, mas desisti de tudo. Peço-lhes desculpa por ter dito que ficaria para sempre e não desistiria jamais, mas não me resta outra escolha. Não pense que deixei de te amar, mas a única lição que eu tiro dessa estória toda é que quem espera, um dia cansa.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Vazio

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Então você acaba ligando para quem você não tem vontade, saindo com gente que você não gosta, inventando planos e fazendo atividades sem muito foco, tudo para tentar preencher o vazio. Mas o buraco esta sempre lá, sempre ficando maior, independente de quantas pessoas estão ao seu redor. Independente do quanto você saiba que é bom em alguma coisa e é amado. Você ainda não sabe como fazer o vazio ir embora.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

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Eu pude te esperar quando você se atrasou quando marcamos um encontro. Eu pude esperar você na fila do cinema para comprar os nossos ingressos. Eu pude esperar você tomar uma bebida. para depois falar alguma coisa. Eu pude esperar você trocar de roupa para sairmos de repente. Eu pude te esperar quando você viajou. Esperei quando você tinha compromissos nos finais de semana, e não poderia passar comigo. Eu pude esperar a sua raiva passar, para agradar-lhe. Eu pude esperar você dizer que supostamente me amava. Eu pude e esperei muito de você… Eu esperei. Não espero mais… Você está demorando, e eu não consigo esperar-te por muito tempo. Desculpe, mas não posso esperar a vida passar, para em outra me amar.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

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A diferença entre amar e estar apaixonado? Quando se está apaixonado, na verdade podemos até achar que é amor, mas é só atração. É vontade de ter aquela pessoa perto por apenas um momento, e só. Os sentimentos podem enganar, mas quando se está apaixonado tudo é menos intenso. Porém, quando se ama, temos paciência, e somos capazes de esperar uma eternidade. Quando se ama, o coração acelera só de pensar na pessoa que também não sai de nossa cabeça. Tudo é bem mais intenso, e não há como negar: o amor é lindo, por mais que machuque às vezes, ou quase sempre. Quem diz que é possível viver sem amor está mentindo. Não há como descrever esse sentimento porque ele junta um pouco de tudo, varia de pessoa pra pessoa, mas quando a gente ama não suporta ficar longe, precisa da pessoa a todo momento. Quando a gente ama, um simples “oi” ou um “eu te amo” pode nos fazer sorrir por uma eternidade.
Amor é você esperar, insistir, acretidar. E hoje mais uma vez me perguntaram o que eu vi em você, e dessa vez eu respondi prontamente: "o que eu não vi em mim, porque ele é meu complemento. Ele é o café e eu sou o leite". E no fim sorri e assim calei a boca de todos que ali estavam presentes.
Mas a verdade é que eu não faço a menor ideia do que vejo em você, mas também não faço idéia do que não vejo. Mas por alguma razão prefiro suas piadas velhas e seu jeito homem de ser. Você é um idiota, uma criança, um bobo alegre, um deslumbrado, um chato. Mas você é homem. E talvez seja só por isso que eu ainda te aguente: você pode ter todos os defeitos do mundo, mas ainda é melhor do que o resto do mundo e eu amo você por isso.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

É ele

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 Aí eu conheço um tal alguém. Que nem o nome completo (exatamente) eu sabia e muda
todas as minhas certezas, em uma festa, do nada, de repente. Sem motivo. Sem porque. Sem explicação. Imaginei no dia seguinte, detestá-lo e encontrar o oposto de mim em tudo o que ele disse e agiu naquele dia e vice-versa, mas conhece aquela história de “quem desdenha, quer comprar?” A verdade é que eu queria ele só pra mim. E então eu descubro um mundo que começa a ficar mais rosa e então o planeta Terra começa a girar em torno de mim. Eu me sinto bem, feliz, anestesiada. A minha memória começa a funcionar, armazenando cada pequeno momento compartilhado com ele. Ao sair na rua, percebo que as árvores são verdes, olho para o céu e finalmente vejo como ele é azul e até o sol está sorrindo pra mim. O meu coração começa a palpitar. Mas, do mesmo jeito que começou, acabou... como dois estranhos, cada um em sua estrada, não conseguimos ficar juntinhos. Simples? Complexo? Eu diria quase impossível e eis o problema dos amores impossíveis, não existe nada mais forte, mais indestrutível do que o amor impossível. E você sabe por quê ele nunca acaba? Porque ele nunca começa de verdade, sabe? Ele não se resolve. Aí fica tudo aí na sua cabeça, na sua idealização… Achando que ele é o homem perfeito, que ele seria o namorado perfeito.
Daí eu tento apagar as marcas, mas a memória é a principal arma que me dá tiros sem parar, sem dó, sem controle constantes no meu dia-a-dia. Então eu acho que não é surpresa que eu não consiga esquecê-lo, não importa o que eu faça, eu sempre vou carregá-lo no meu coração.
Alguns dizem que isso jamais daria certo. Outros dizem que fomos feitos um para o outro. A gente? prefere não dizer nada. Só nós nos entendemos.
Confesso que listaria mil motivos pra não ficarmos juntos, mil razões pelas quais não daríamos certo. Meus exageros, seu orgulho, minha cobrança, suas incertezas, meus medos, seus receios.
Já gostei muitas vezes, de muitas pessoas. Mas gostar, gostar mesmo, daquele amor sincero e profundo, eu só amei uma vez. Uma vez não. Várias. Desde o dia em que o conheci até hoje, até o dia infinito, acredita? Sinto até raiva dele por ele ser diferente dos outros, por ser assim tão-per(feito)-pra-mim. E creio eu que nunca mais vou encontrar alguém como ele, às vezes sinto como se tivesse sido feito só para mim, e eu tivesse sido feita só para ser dele. De mais ninguém, além dele. Não gostaria de ter mais ninguém na minha vida, além dele. Mas, sabe como é essa vida, não é mesmo? Ela continua, mas continua de um jeito incompleto, diferente, como se a vida só fosse completa com ele ao meu lado. Eu sempre estive pronta para começar de novo, e tentar não cometer os mesmos erros, que eu, ele, cometemos naquela época. A verdade é que estou pronta até os dias de hoje. Não entendo o porquê de sentir esperança nele ainda, quando eu sei que já se passaram anos desde que a gente se conheceu. Mas é que ele me causa tantas sensações, me causa tantos sentimentos misturados, que eu não consigo me afastar dele, mesmo que seja só em pensamento. Às vezes eu tento fugir, mas eu volto para o começo de tudo. Você não tem idéia de quantas vezes eu já olhei pro nada e fiquei imaginando o seu olhar fixado no meu, me dizendo tudo o que ninguém nunca me disse em palavras. De quantas vezes já sonhei com seus lábios e teu corpo junto ao meu me fazendo sentir algo que nunca ninguém fez. De quantas vezes já fechei meus olhos e pude vê-lo junto de mim passando os melhores momentos de uma vida toda. De quantas vezes já levantei as mãos pro céu e pedi ao único que tudo pode, pra trazer ele pro meu lado e jamais tirar de volta.
Ok, eu sei que ainda tenho muito pra viver, muitas pessoas e lugares à conhecer, mas durante todo esse tempo, sempre ouvi das pessoas mais velhas que seu primeiro e “último” amor, que a sua alma gêmea (que é algo que nos dias de hoje, as pessoas costumam falar tanto e estar sempre em busca) se encontra na sua adolescência… E me diz, não foi isso que aconteceu comigo? não é ele a pessoa mais importante que eu já conheci, que teve a capacidade de derrubar meus muros e lutar contra as bruxas e dragões? Para que eu vou querer mais tempo, mais experiência, mais pessoas, mais lugares pra obter a resposta que hoje eu já tenho em minhas mãos? Quando eu digo que ele foi o amor da minha vida, eu permito vocês duvidarem, desacreditarem das minhas palavras, mas ele eu gostaria tanto que ele acreditasse em mim, mas acreditasse mesmo, com todo o seu coração.
E a gente se ama muito, ou só se amou? Eu queria muito saber seus pensamentos, seus sentimentos, mas enfim, amamos mais do que Romeu e Julieta, porque foi algo real. Dor, alegria, sofrimento, amor. E mesmo depois de tantas dificuldades, o sentimento sobreviveu.
E assim vamos vivendo até quando a vontade de estar com o outro for maior do que os outros. Enquanto o mundo vive lá fora, dentro de cada um tem um pedaço do outro. E mesmo sorrindo por ai, eu sei a falta que ele me faz. E todos os dias eu me pergunto o que fazer. E imagino os abraços, as noites com sorridentes, a cama quente, a vida despreocupada.
Parece estranho, né?
Não tem jeito, é ELE que meu coração escolheu.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

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Eu precisei de você, e você nunca esteve aqui. Eu senti sua falta, todos os dias, e não significou nada. Eu chorei, por muito tempo, e você não se importou. Não venha dizendo que eu sou importante agora, porque, eu não vou acreditar.