sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Estado Civil: Desinteressada

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Resolvi mudar o meu estado Civil. Não, não estou solteira. Estou desinteressada. Abro mão de viver tudo isso de novo, esses sentimentos confusos e dolorosos. Um bem querer que na verdade não quer, pelo menos não por muito tempo.
Abdico desses gostares razos e apáticos. Falta verdade, falta intensidade, brilho nos olhos e corações a pulsar no peito. E sem isso eu não vivo não, eu não me entrego não e nem amo e também não sou amada. Então, por que ser solteira? Para ganhar um galanteio? Um drinque? Uma noite? E a vida inteira de arrependimentos? Ter que cruzar com um homem na rua que sorrir de maneira maliciosa e te olha dos pés a cabeça e você passa reto, morrendo de vergonha, pois não lembra do nome dele e nem da noite em que esteve com ele, mas tem a certeza que já esteve. E vem de novo aquele vazio que está cada vez maior porque os que passaram não deixaram nada, mas levaram um pedaço enorme de você.
Apesar de ter várias mulheres dentro de mim fujo desse protótipo de mulher moderna de dia, caçadora a noite e triste e sozinha nas madrugadas.
Prefiro a verdade, sempre. Não costumo me aproximar da água para molhar só a ponta do pé, mergulho por inteiro. Não me entrego pela metade. Não amo aos poucos. Sendo assim, resolvi manter-me desinteressada aos outros para me interessar mais por mim.

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