sábado, 3 de dezembro de 2011

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Estou chegando a mais um fim de relacionamento e sempre nesses momentos eu lembro de você. E me pergunto por que não deu certo com ele como deu com você. Porque eu sempre os comparo a você? Justo você por quem eu não dava e nem esperava nada! E então acho a resposta para a minha pergunta: Com você não tinha expectativas, era uma surpresa por vez e assim você me ganhava dia após dia. Você era apenas meu presente. Um lindo presente embrulhado num belo laço de fita que me encantava e me alegrava. E toda vez que eu te via ir, eu me despedia... Cada dia era singular, todo dia era um recomeço e então fazíamos nossa história em um único tempo verbal. Até que você decidiu se fazer passado. E desde então os presentes não mais me agradam e o futuro é sempre tão previsível.

sábado, 12 de novembro de 2011

O último texto

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Há mais de um ano que eu venho aqui escrever. Eu nunca imaginei que a tristeza me fosse assim, tão inspiradora.
Eu lembro, minuciosamente, daquele último dia. O dia em que tudo acabou. Era uma dor insuportável, uma dor que era só minha e não me adiantaria nada gritar, falar sobre o assunto, as pessoas ao meu redor não entenderiam, não aceitariam. E as minhas amigas pediriam para que eu não borrasse meu rímel.
Eu só tinha uma caneta e uma folha de papel ao meu alcance. Os primeiros textos eram borrados, cheios de palavras repetidas, mágoas e sempre, sempre molhados. Depois surgiram os textos de saudade. E então, a dor se transformou em esperança. E eu te fiz presente em mim por meio das lembranças escritas.
E você me dizia com esse jeito sonso que achava meus textos bonitos. Sem se dar conta de que cada vírgula era por você e para você. Sem se dar conta que cada um daqueles textos que você admirava tinham como resultado olhos inchados, mãos trêmulas, coração sangrando e uma mulher cansada de chorar, de amar, de esperar.
E eu que pensava que escrever era desabafo, que iria me deixar mais leve, iria me deixar melhor. Mentira!!! Não há nada pior e mais doloroso do que reviver lembranças para torná-las escritas. Quanto mais eu escrevo, mais eu lembro e mais eu sofro.
Me disseram que a gente não se acostuma com o que não faz bem. Então eu pergunto: "Por que continuar aqui?"

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Desligamento

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Comecei o meu período de DESLIGAMENTO. Nessa fase eu continuo sendo educada. Balanço a cabeça. Finjo entender, porque não quero magoar ninguém... Mas na verdade eu não vou entender você, porque estou numa fase só minha. Eu vou primeiro cuidar de mim, depois eu volto.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

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Parecia um homem, mas na verdade era só um menino. Um menino diferente.
Ele era diferente dos outros porque ele falava a verdade. Só que essa  verdade sempre vinha em tom de brincadeira então nunca dava pra saber se era verdade mesmo ou não. E eu nunca sabia quando acreditar, de fato, no que ele me dizia.
Eu até pensei em esperar, mas iria demorar muito pra esse menino virar homem... Iria demorar muito pra ele aprender a falar a verdade.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

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E hoje me perguntaram se eu desisti de você, balancei a cabeça positivamente, porque o nó na minha garganta não me deixou falar. E então ouvi: "ahhh mais você tinha um amor tão bonito por ele!"
Mas é isso: Do que me adianta amores bonitos no papel e complicados na prática?

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Mais uma vez... Rachei a cara e Deslacerei o coração

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Posso te contar um segredo? Eu cansei. Das mentiras, das promessas, dos choros forjados, dos sentimentos inventados, das desculpas esfarrapadas, de tudo. Sou do tipo de pessoa que leva tudo numa boa, que aguenta até não poder mais, que suporta o insuportável e que sempre tenta ver os dois lados. O problema? As pessoas abusam. Eu vi luz em meio a escuridão, vi oceanos onde haviam poucas gotas e vi sinceridade num poço de falsidade. A felizarda a quebrar a cara fui eu e, como sempre, vou me virar pra consertar os estragos.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

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sertanejo:

Estou cheio de saudade de você, mas aguento firme.
                     Clarice Lispector

Demorei a dormir. O sono não vinha, a cabeça fervia e o coração gritava. Resolvi escrever, mas acabei me entristecendo com as coisas que escrevi. As verdades, porque as mentiras não entristecem, me iludem.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

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Eu nunca havia chorado na frente dos outros. Mas não falo do choro de birra, de manha. Me refiro aquele choro da alma, aquele que vem quando o coração tá sangrando.
Fiz isso uma única vez, para uma única pessoa. E desde então só ela guarda os meus salgados, molhados e tímidos segredos.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

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Entenda, nesse momento, o tamanho do meu sorriso é proporcional ao tamanho da minha dor.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

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Não amar alguém é libertador. Você aí que sofre, que tem com o coração na mão e a cabeça nas nuvens deveria tentar. Amar ninguém é amar um pouco mais você. Ser sozinho não é tão cruel quando dizem por ai. Ser sozinho é uma grande descoberta quando você se basta.

Amor por conveniência

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Ela encostou sua cabeça na janela pra observar a chuva que caia incessante do lado de fora. Mas tudo o que conseguiu enxergar foram suas olheiras roxas e profundas no reflexo do vidro. Cansada de tormentos e noites mal dormidas. Sabia que a salvação que tinha era fugir dali só com a roupa do corpo, a única bagagem necessária era a coragem. Mais isso sempre teve de sobra. Ela só não sabia aonde ir. Contudo era como se cada sarda do seu rosto te dissesse que ela não precisava de um lugar, mas somente de uma pessoa. Uma pessoa não é só um corpo é uma casa. É um esconderijo secreto, um lugar seguro. É mais que uma mão estendida é um coração aberto. E isso ela sabia , mesmo sem ninguém nunca ter  ensinado isso a ela. Conseguia sentir no fundo da alma, bem onde as pessoas costumam guardar lembranças doces e sonhos deslumbrantes. Lá também tinha uma porção de certezas inexplicáveis. (laismendes)

Ei, você que um dia eu amei demais. Você que me fez perder noites de sono, que me fez perder a concentração e o foco. Você que eu dizia ser o amor da minha vida, você que nunca foi nada meu, mas era tudo pra mim… Enchi os ouvidos das minhas amigas com o seu nome, escrevi seu nome milhões de vezes na última folha do meu caderno, desperdicei sorrisos imaginando nossos diálogos que nunca aconteceram, decifrei erroneamente seus olhares… Ah você, que um dia eu julguei ser meu mundo, que a vida parecia nem ter existido antes de você chegar… Você hoje, se tornou apenas uma lembrança. Hoje eu consigo enxergar que você foi só mais um, que tudo aquilo que eu sentia, não chegava nem perto de ser amor, mas que por conveniência, a gente acaba chamando de amor.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

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E então você vem com esse jeito faceiro e me pergunta porque eu te escolhi.
Por que? Simples. Encontrei nos seus olhos as estrelas que não via mais no céu.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

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Não é que talvez o amor não seja necessário, mas porque mesmo sendo necessário, ele machuca. E ando muito ferida pra suportar um pouco mais de dor. Então eu queria que alguém me dissesse que vai ficar tudo bem, sabe? Porque esta incerteza toda tem me desnorteada demais. E uma ansiedade aguda toma conta de mim minuto a minuto.E ainda há a saudade.E mesmo que as previsões sejam positivas, tudo ainda me parece tão longe! E eu estou com pressa, e sede e fome demais. Percebe como minhas palavras estão respirando com dificuldade? Então eu te peço pra não me deixar tão sozinha assim nesta fase. Mesmo que haja sol e as ondas vão e venham incansavelmente me lembrando do movimento da vida, a sua voz me faz tanta falta quanto uma brisa. Não que tenha me faltado companhia, mas em algum momento o abraço termina porque as pessoas têm as suas vidas. E ainda, o barulho das cidades têm me incomodado tanto quanto este silêncio denso. Então eu fico sem saber pra onde ir. E fico tão sonolenta e encolhida no meu canto até que alguém venha me abraçar novamente. E às vezes esse socorro demora tanto por causa da minha necessidade sempre tão urgente de tudo. De paz. Por não querer sufocar ninguém, fico aqui, sufocada.
Só estou te dizendo estas coisas porque acho estranho você não ter a menor curiosidade em saber como tenho me sentido. Depois de tudo. Porque não existe um segundo sequer em que eu não pense e queira saber e deseje que você esteja bem. Só isso.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Um ponto sem conversa

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Ele chegou mudo. Tentei puxar assunto tagarelando sobre o meu dia e a dúvida sobre o cardápio para o nosso almoço de domingo. Ele não respondeu, disse que precisava de um banho pra esfriar a cabeça. E foi aí que meu sexto sentido despertou para a posição de alerta. Saiu do banho cabisbaixo, passou pela cozinha e não veio beliscar a comida. "Alguma coisa tá errada", eu pensei. O chamei para jantar e ele disse que não estava com fome, eu me sentei em uma das cadeira da sala de jantar, as pernas estavam bambas, uma angústia no peito e a certeza de que realmente alguma coisa estava errada. Foi então que ele disse em voz baixa: "Precisamos conversar."
Eu desabei. Essas palavras nesse contexto não era um bom sinal. Minhas pernas estavam trêmulas, meu estômago revirado e o coração disparado... Ora, eu não sou nenhuma iniciante, já passei por isso e sabia no que iria dar.
Reagi na hora. Levantei subitamente da cadeira, peguei minha bolsa e sai. Antes que eu batesse a porta ele me perguntou pra onde eu estava indo. "Vou ali, não se preocupe porque eu vou demorar, você vai ter tempo." Respondi e sai em disparada sem olhar pra trás, sem nem mesmo saber que rumo tomar.
Andei muito, me distanciei o máximo de casa, mas meus pensamentos continuavam lá. Na volta o coração sangrava a cada passo, tive tanto medo, medo de voltar, de descobrir a verdade. Mil perguntas se passavam na minha cabeça: "Será que ele usou o tempo pra pensar ou pra fazer as malas?" "Será que acabou?" "O que ele queria me dizer?" "Não era melhor ter ficado para ouvir?"...
Parei em frente à porta, respirei fundo e a abri lentamente e lá estava ele a me esperar... mais uma vez o vazio dos pontos finais.

sábado, 9 de julho de 2011

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Poderia dizer que todo tipo de amor é eterno. Mas tenho um nó em minha garganta que às vezes me faz pensar o contrário. A vida poderia me dar sempre apenas motivos para sorrir, mas as coisas são assim mesmo. Tudo dói, mas depois passa. Aliás, o amor é assim mesmo. Tudo desmorona, mas depois passa. Poderia dizer que amanhã vai dar tudo certo, mas talvez, só por acreditar na felicidade, tudo pode me fazer chorar no dia seguinte.

sábado, 2 de julho de 2011

Tatuagem

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Sei que sempre fui medrosa pra essas coisas, mas resolvi que vou fazer uma tatuagem. Doer sei que vai, mas preciso de uma dor maior que a dor da falta de você. Preciso curar outra ferida que não seja o meu coração.

terça-feira, 14 de junho de 2011

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Chorei por mim. Por você. Por nós. Por todos esses sentimentos ilusórios que nascem prometendo sorrisos, mas que cumprem apenas corações partidos. Chorei pela impossibilidade, tornando tudo vasto como o nada que preenche meus dias. Chorei por não passar de uma página amarela com escrita apagada, no passado. Agarrada aos lençóis da minha cama, tive o choro mais triste e vazio do mundo: o choro sem consolo. 

sábado, 11 de junho de 2011

Maquiagem

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Querida maquiagem, obrigada por todas as manhãs ajudar-me a esconder as olheiras consequentes de uma noite mal dormida, obrigada por não deixar as pessoas perceberem que chorei por um bom tempo, obrigada por esconder marcas do passado, marcas que me fazem lembrar momentos, na maioria das vezes, tristes… Obrigada por dar-me um ar de saúde, de alegria. Obrigada por tudo. Sem você as pessoas iam saber da vida que levo, iam saber do meu interior, e do que realmente acontece comigo, quando estou sozinha, sem ninguém observando. Sem você eu teria mais medo ainda. Obrigada.

domingo, 5 de junho de 2011

Desjuras

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Eu jurei pra mim mesma que nao iria mais voltar. Ultimamente tenho evitado muitas coisas que lembre o que vivemos, os lugares onde estivemos (incluive tenho pensado seriamente em me mudar, pois ja rodei a cidade toda ao teu lado), evito também alguns cheiros - o seu e os que eu usava quando estava com vc.
Hoje a lembrança de vc está mais forte. Acordei antes do sol nascer. As cinco da manhã. Resolvi tomar um banho, não, não era calor, ontem ganhei de presente um óleo de rosas vermelhas - ele não é novidade pra mim, era um dos meus cheiros pra vc. Foi inevitável reviver todas aquelas cenas de novo. O celular q tocava as seis da manhã, o banho perfumado, o encontro no parque antes do expediente. Confesso q a minha vida voltou a ser normal depois q vc se foi, talvez, na verdade, eu nem sinta falta de vc em si, sinta sim falta do que eu era quando estava com vc. Nunca mais pude ser eu mesma, ou talvez eu seja imperfeita em demasia pra ser verdadeira.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

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Eu vou esperar você voltar, mesmo sabendo que a gente não tem mais volta. Eu vou esperar você voltar, mesmo que isso leve uma eternidade.
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Ele: Não acredito que você não sinta mais nada por mim.
Eu: Claro que sinto. Eu odeio você!!!
Odeio o jeito que invade minha vida e a deixa toda bagunçada. Odeio o jeito que me faz sorrir até chorar pra depois me fazer chorar até sangrar. Odeio quando você diz adeus e depois volta sorrindo me desejando bom dia. Odeio não conseguir odiar você e principalmente odeio continuar te amando.
Mas não, isso não significa uma volta porque eu pedi, pedi que Deus me ajudasse a seguir em frente na condição de não voltar atrás.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Meus escritos

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Paixão é você acertar com a pessoa errada e ter que vê-la ir;
Amor é você errar com a pessoa certa e, mesmo assim, vê-la ficar.
Foi por esta frase que eu voltei aqui. Depois de lê-la surgiu tantos questionamentos, dúvidas, uma nostagia embaçada. E confesso que por um momento me perguntei se o erro tinha sido meu.
Por isso, e só por isso, precisei vim aqui porque depois de tanto tempo e tantas promessas de não mais lembrar, essas foram as únicas lembranças - meus escritos - que registraram tudo o que os teus olhos diziam, mesmo a tua boca não dizendo nada.

sábado, 2 de abril de 2011

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Aos oito anos ganhei um coelho e foi nessa mesma época que me dei conta de que coelhos da páscoa não existiam. Aos dez descobri que papai e mamãe noel nada mais eram que os meus próprios pais. Aos quinze deixei de acreditar em fadas e doendes. E hoje, aos vinte e um, desisto de encontrar essa tal felicidade.

domingo, 13 de março de 2011

Confuso e doloroso

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A gente me dói. Escrever sobre isso é quase uma sessão de masoquismo. Em geral vivo bem tranquila sem você, até que, de repente, sinto uma falta enorme onde eu preciso muito resgatar um pedaço meu que ficou dentro de ti, aí te procuro entre bilhetes, fotos e lembranças, por vezes dolorosas.
Você é um desses caras que deveriam vim com um manual de instrução ou, no mínimo, como uma plaquinha empendurada escrita: CUIDADO! Para que as desavisadas pudessem se aproximar com a cautela que a palavra exige. O problema é que mesmo sem o manual e sem a plaquinha eu fui corajosa (leia-se louca) o suficiente para me aventurar nesse seu confuso mundo de sentimentos.
Sei que te perco toda vez que você me dá as costas, e enquanto você caminha para longe, vai me rasgando, me abrindo feito um zíper. E por isso peço, não se aproxime, porque eu não sei me distanciar. Olha, já são quase oito anos, infelizmente pensamento não sabe o que é distância, e por mais que você pense que eu não te conheça, eu te sinto e te sentir é saber muito a teu respeito. E não adianta fazer pose de pagador da night porque sei que na verdade o que você queria mesmo era está assistindo a tua série favorita, jogado no sofá enquanto recebe cafunés. Estou errada? E por que faz tanta questão de saber a minha opinião? A imagem refletida no espelho já não representa muita coisa e o teu RG revela somente o mínimo de você.
O que eu fui pra você? Uma paixonite de infância, uma promessa, um sonho bom? E elas? Um bom programa, um bom beijo de língua, uma noite incrível? Não tenta comparar, não. Eu vou perder. Ao longo desses anos pude me dar o prazer de ser espectadora dessa história e descobri que não sou insubstituível. Não importa se sou difícil de se ter, se para me conquistar é preciso atravessar desertos, lutar contra dragões; no fim, sou tratada como todas. E você hein, meu príncipe, quando foi que desencantou? Talvez nem tenha se encantado, talvez seja essa minha síndrome de Walt Disney que me complica e te amedronta.
Não sei o que você tem feito da sua vida, também não sei o que tenho feito da minha. E o que a vida fez das nossas vidas? Era pra ser pra sempre, mas o pra sempre, sempre acaba, já cantava Cassia Eller. Só sei que um certo dia bati o telefone e rasguei a página da agenda que tinha teu número, depois decorei uma sequência de outros números tentando apagar o inesquecível dois cinco três oitenta quatorze, na época. Que contradição, ainda lembro que as minhas tardes eram marcadas por uma espera angustiante ao lado do telefone aguardando tua ligação. E se você acha que eu transformei um comercial em novela mexicana, desista de ler!
Para você é fácil: ou finge estar bem ou realmente está bem. Entretanto não acredito na segunda opção, pois ao olhar pra ti, de primeira, pensa-se: Ah, mas ele é bonito, tem um bom papo, é charmoso, basta acessar a agenda do celular e a diversão é garantida. Durante pode até ser, mas depois, a volta é mais vazia que a ida. Apesar do cansaço o sono não vem, o travesseiro guarda lembranças. Faltou o beijo cheio de sentimentos, o olhar quase que eterno, aquele abraço que preenche vazios. O seu estado civil permanece solteiro, o coração não faz barulho, os olhos não brilham. Dançar com muitas, beijar as mais agradáveis, sair com algumas, esse jogo satura, essa brincadeira dói. Até quando você vai se enganar? Coração não é só um acessório. Você prefere viver a incerteza de que poderia ter dado certo, do que com a certeza de ter acabado em dor. Eu diria que é covardia. Você é confuso e consequentemente não muito determinado. Não é do tipo que rasga a página, apenas vira porque sabe que vai sentir vontade de ler de novo, independente do tempo que passar.
Você é do tipo que presente é ausente e na ausência se faz presença, entende?
Não fui nada tua (será que isso faz sentido?) e também não faço parte da tua vida (fato), mas tive a oportunidade de conhecer teus extremos, teu bem e teu mal, tua vontade carnal, teu frio emocional, tua indiferença e teu carinho, tudo muito confuso e doloroso, as únicas duas palavras que te definem perfeitamente. Você dói porque essa tua indecisão é massacrante. Vi o meu menino se transformar, não em um homem, mas em um monstro, assentimental, devorador de corações, durante a noite, e às madrugadas, perto do amanhecer, voltar a ser menino pedindo colo.
Acorda garoto! Todos gostam do que você aparenta ser, mas só uma vai gostar do que você realmente é.

sábado, 5 de março de 2011

A resposta dele

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Lembram do Texto "Ele"? Pois bem ele leu e respondeu...

"Engraçado como o tempo passa rápido, lembro do dia em quê e a vi pela primeira vez. Uma garotinha  pequenininha, meiga e com um sorriso fácil. Era uma boneca perfeita, daquelas que todos gostariam de ter, seja mulher ou homem, menino ou menina.
Parece que o destino age de uma forma contraditória. Eu não  gostava muito dela, achava irritante esse jeito extrovertido que só ela  tem. Era alegria 24 horas por dia, isso me incomodava. Bem, incomodava  não é o termo correto, na verdade isso me atraía, e é difícil aceitar  isso quando você tem apenas 14 anos. E quando dei por mim, já estava  encantado.
O tempo passou, eu mudei não nos falamos por um bom tempo, mas ela ainda permanecia em minha memória, como um resquício de  felicidade que talvez deva ficar no passado. Mas então o destino nos  coloca juntos novamente. E as lembranças que antes estavam ofuscadas,  voltaram com mais intensidade. Conversas jogadas fora, brigas, alegrias, as saias que ela usava (já vi sua calcinha várias vezes, hehe), o  sorriso lindo, enfim, ela estava do meu lado novamente. Esse reencontro  fez com que o meu lado infantil aflorasse novamente, foi como se eu  sentisse novamente a alegria de ser criança.
Hoje somos dois adultos  com alma de criança, dois adultos que viajam durante horas, perdidos em sua imaginação. Depois de todos esses anos, ela ainda me faz sorrir, faz com que eu seja novamente aquele garoto com estrelas nos olhos (como  ela costumava dizer), aquele garoto que era fascinado por Smallville, enfim, ela sempre foi e especial para mim.
Minha querida estrelinha  fico feliz por ter você ao meu lado novamente, prometa que será sempre
essa garota linda que você é. Estarei sempre aqui."
                                                                                       
A pergunta é... Aqui onde? Nos exporádicos esbarrões pelos corredores? No outro lado da tela ou somente no meu teimoso coração?
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Eu pedi tanto para que isso não acontecesse. Porque a vontade de te ver se transformou em medo. Medo da entrega sem explicações ou justificativas, medo das consequências dos encontros casuais que levantam esperanças em um e dá a certeza do fim ao outro.
E quando eu te encontrei depois daquele "bendito" esbarrão no corredor - ai que raiva de mim por não ter cuidado ao escolher os meus caminhos - não deu tempo pra mais nada, pensei em fugir, correr desesperadamente em direção contrária, mas já era tarde, eu já estava ali acolhida nos teus braços e mergulhada nos teus olhos.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Comestível e descartável

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Estou morrendo. Já percebo essa monotonia me envenenando dia após dia, e isso não é, de maneira alguma, poético. É estúpido, rídiculo, uma mulher como eu, emancipada de todos os preconceitos e convergências sociais, me deixar abater por essa nuvem cinza. Logo eu que sempre fui tão rosa-choque, tão cheia de mim, tão dona das minhas vontades. Errei quando esqueci das minhas crenças e preces de independência, quando sucumbi a um desejo passageiro que fez de mim não só comestível como também descartável. Mas aceito meu erro, porque se errar é humano, errar por amor é divino!

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

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Hoje o céu estava nublado e o clima morno. As pessoas se movimentam vagarosamente, a cena estava toda em câmera lenta.
Ainda sonolenta senti no rosto o sopro de um vento forte que bagunçou meu cabelo. Senti frio, mas não havia levado casaco, aí eu me abracei, aí eu percebi o quanto eu estava só e me dei conta do quanto eu estava bem. É incrível como a minha solidão é fortalecedora!!!

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Foi engano!

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Depois de tudo creio que eu já consiga ter maturidade suficiente para discernir lembranças de imaginação. Olhando essas fotos agora começo a perceber que metade do que eu via em você era o que eu queria ver, entende? Todo esse fascínio era apenas uma projeção minha, nunca foi você, no fundo, no fundo era só uma vontade desesperada de me encontrar em outro alguém.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Uma dor que não é minha

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Hoje eu não vou falar de você, nem da nossa separação e muito menos da minha dor. Eu vou falar de algo maior, vou falar do sofrimento que ultrapassa os limites, da dor que supera a carne, do nunca que será sempre nunca.
Ele nem era muito meu amigo, resolvi ir mesmo por consideração. Escolhi um modelo básico de preto, nada de acessórios e uma leve maquiagem para camuflar as olheiras e o rosto ainda com os aspecto de sono. O clima era pesado e o sentimento de perda irreparável visível. Tão novo, tão bonito, tinha um futuro promissor... as pessoas lamentavam. Não tive coragem de chegar mais perto, toda aquela atmosfera estava me deixando sensibilizada, foi aí que eu me deparei com aquele mulher ao lado dele, firme, serena, quase que petrificada. Os olhos não derramavam uma lágrima, mas os lábios tremiam, assim como suas mãos enquanto rezava um terço. Perguntei ao que estava ao meu lado, "é a mãe dele?" e obtive uma resposta positiva. Como assim? Me perguntei. Uma mãe que não chora, que não se descabela, será que ela era realmente a mãe dele? Fiquei ali por mais longos minutos observando aquela ação comedida, ela não olhava pra ele, olhava para frente, para o nada.
As pessoas começaram a esvaziar a sala, tinha chegado a pior hora, o enterro,então, no primeiro monte de terra eu vi aquela rocha desmoronar. O grito daquela mãe foi o barulho mais assustador que eu já ouvi na vida, era mais que um grito de dor, de desespero, era de amor. O maior amor do mundo. Como permitir que a vida leve o que saiu de você, o que por direito te pertence? Como entender que anos e anos de dedicação e cuidados, risos e choros serão apenas lembranças, muitas vezes entristecidas por aquela tarde chuvosa?
Ela não aguentou, saiu de cena carregada, o corpo porque a alma ficou ali do lado do filho tão amado.
Fui pra casa analisando tudo, era como um filme rodando em minha cabeça com direito à camera lenta. Talvez aquela quase indiferença, fosse na verdade a esperança. O desequilíbrio dos lábios e das mãos fossem uma prece, os olhos ora cerrados ora vidrados na porta a ilusão de que nada aquilo era verdade e que logo ele entraria por aquela mesma porta reclamando do juiz que anulou o gol que ele havia dedicado a ela.
Esse foi sem dúvida o episódio mais triste e revelador assistido por mim. A vida dessa senhora nunca mais será a mesma, e depois disso a minha concepção de amor também não.

Primeiro selinho

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Gente [hoje estou pura alegria], ganhei meu primeiro selinho da mi nha nova amiga, seguidora e inspiradora Lary do blog: Di-Lua que dá umas dicas incríveis, super fashion. Api estão as regras:
1º Repassar o selo para 10 blogs;
2º Avisar para cada blogueiro que receber;
3º Responder as perguntas.


Nome: Edvanne Sabino
Uma Música: Mil anos - Jorge e Matheus
Dez Coisas sobre mim:
1 - Estudo administração
2 - Tenho vinte e um anos, segundo meu RG, mas um espiríto que oscila entre os 15 e os 50 anos de idade.
3 -Namoro, mas alimento uma paixão secreta por Caio Fernando Abreu
4 -Amo tudo que é impresso, palpável eque tenha cheiro de livro velho
5 - Amo e defendo os animais
6 - Sou viciada em net
7 - Quero fazer um intercâmbio na Argentina
8- Estou realizada profissionalmente
9 - Estou engatinhando para a realização amorosa
10 - Acredito na Felicidade
Humor: Quase sempre feliz
Uma Cor: Lilás, cor do meu blog, rsrsrsrs
Como Prefere Viajar: Com os amigos
Um Seriado:Gossip Girls, é tudo!!!
Frase ou Palavra mais Dita por você: Hã
O que achou do selo? Ameeeeeeeeeeeeeeeeeeeei

Blogs indicados:
Quando olha nos meus olhos - http://daniborali.blogspot.com/
Coisas de uma adolescente noiva - http://adolescenteemapuro.blogspot.com/
Seja Essência e não aparência - http://wwwautenticidade.blogspot.com/
Colher uma Flor pode abalar uma estrela - http://soniacas.blogspot.com/




quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Ele

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Eu poderia ter escrito sobre as suas frases de efeito, seus olhares, ou sobre todas as nossas conversas em que não havia nada a ser dito mas a gente insistia só pra não perder o momento.
Risadas, conversas, mensagens, olhares, beijos, abraços, piadas, tudo isso daria um bom texto, mas ainda assim eu nunca escrevi sobre nada disso.
Eu nunca escrevi sobre você. Até hoje. Até agora.
Essa é a primeira vez que te transcrevo do jeitinho que você realmente é.
Fisicamente? Lindo, cada dia mais. Quando eu o conheci ele ainda carregava aquela expressão de menino que sonha em salvar o mundo. Sorria com a boca e com os olhos também e de brinde esse olhar ainda vinha repleto de estrelinhas. Alto, moreno, forte, só aí já dá pra ter belos sonhos, mas ainda tinha mais, tinha o lado de dentro. Apaixonante, essa palavra define tudo, incluindo o bônus e o ônus para as possíveis aventureiras a fisgar esse enorme coração ou, como vovó dizia, um ótimo partido.
Educado, carinhoso, gentil, companheiro, inteligente, bem-humorado, romântico, sensível, ufa!!! Seria perfeito, mas apesar da aparência, ele não é um super-herói, pelo contrário é tão humano que como qualquer um também vem com aqueles pequenos defeitos de fábrica.
Assim como uma criança birrenta ele não gosta de receber um não, então para mantê-lo dócil diga que vai pensar com carinho. Ele é pisciniano e não resiste a carinhos na nuca.
Apesar dos anos e do tamanho ele ainda continua bastante imaginativo, muitas das vezes a realidade é insuficiente e aí ele perde o interesse fácil, fácil, sendo assim, deixe-o sonhar, mas sonhe junto. Às vezes essa mistura de mundos vai deixá-lo confuso, é nesse momento que ele vai precisar de um norte, caso contrário  se perde.
Mesmo com a aparência de aço, ele adoece facilmente, mas não adianta levá-lo às pressas ao hospital, geralmente a dor está localizada no coração.
Digamos que para entendê-lo é preciso atenção e paciência. O garoto que ri, fala com todos e parece feliz, pode ser o mesmo que chora sozinho segurando o cobertor durante toda a madrugada. Tem que ter sensibilidade para se aproximar da cama e simplesmente abraçá-lo.
Não importa muito a ordem, ele pode ter sido o primeiro ou último, mas com certeza fará parte da lista dos inesquecíveis.
Com tantos detalhes, quase me esqueço de sua principal proeza, ele escreve e isso faz dele ainda mais encantador quando não cruel. As mesmas palavras que conquistam são as que mandam embora. E nem sempre os beijos virão com gosto de mel, os momentos ao lado dele são ora felizes, ora tristes, ora estranhos, entretanto, sempre vale a pena ficar. E é tão irônico porque mesmo que você queira ficar, um dia ele vai decidir que precisa ir e acredite, ele vai, vai, mas deixa todos os sentimentos intactos, as lembranças ruins somem, só ficam as boas à espera da saudade e então você percebe que ele ainda te ama,só não te quer mais e você vai ficar feliz com isso.

O final não era feliz e a história também não era pra ser minha

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Na verdade o que sinto por você mesmo é inveja. Invejo essa sua liberdade escancarada, sua vida desregrada e esse desimportar em dar satisfações. O que me encantou realmente foi eu poder olhar em seus olhos e por um momento me ver neles e então sentir aquele friozinho, que denuncia o possível perigo, na barriga. Todo dia era um novo dia e eu me permitia fugir com você, conhecer teus esconderijos, desvendar os teus rasos segredos, sentir o ar puro e também respirar.
Me apaixonei pela tua coragem em querer matar os meus dragões e pelas tuas promessas de um final feliz para sempre. Foi aí que eu descobri que estava vivendo a história errada. Eu não era a rapunzel, nem a branca de neve, nem a bella ou a adormecida, e apesar da semelhança também não era a cinderela. Eu era a ariel, eu era de um mundo e você do outro, você não poderia vim pro meu porque corria o risco de se afogar com tantas regras e outros padrões de comportamento e eu, para ir pro seu, teria que fazer sacrifícios. Para ficar ao seu lado eu teria que abrir mão da minha voz, das minhas crenças, opiniões e de mim. Seria uma escolha sem volta.
E foi a partir daí que eu desisti de finais felizes, passei a desconfiar dos príncipes e comecei a aceitar sapos. Não que eu não me julgue merecedora de um encantado, mas é que prefiro, antes de mais nada, pesar o custo benefício. Às vezes, uma relação sem muitas expectativas pode trazer surpresas incríveis ou não lhe trazer nada, mas tudo bem porque você não estava esperando nada mesmo.
Seria isso viver sem emoção? Seria, mas pelo menos eu sei que assim, eu vou continuar inteira.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

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♫ Stop calling, stop calling, I don’t wanna think anymore, I leave my head and my heart on the dance floor, Stop calling, stop calling, I don’t wanna talk anymore, I leave my hand and my heart on the dance floor, Eh, eh, eh, eh, eh, eh… Stop telephoning me, Eh, eh, eh, eh, eh, eh… I’m busy, Eh, eh, eh, eh, eh, eh… Stop telephoning me, Eh, eh, eh, eh, eh, eh… ♫

Por que uso um telefone com portabilidade? Porque gosto de enganar as pessoas.

domingo, 16 de janeiro de 2011

E essas lembranças não irão me fazer voltar

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Calada, o olha perdido, o coração querendo sair pela boca e um filme de lembranças passando pela minha cabeça. Talvez a senhora que estava sentada ao meu lado não tenha percebido que eu estava sofrendo um dejavu provocado por um homem à minha frente, me torturando com o teu cheiro. Ai, que vontade de matar esse homem, de chegar mais perto, de inspirar esse perfume e não expirar nunca mais! A cada parada rezo para ele descer e ao mesmo tempo desejo incontrolavelmente que ele fique mais um pouco. Nunca soube o que queria, te amo e te mando embora. Nos outros isso é indecisão, em mim, chama-se loucura. Insanidade querer alguém que só me quer mal e eu, ciente disso, querer mesmo assim. Eu ainda sinto a tua falta, mas ainda não te perdoei. Porque se eu te perdoar eu volto e se eu voltar... 

Nua e Crua

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Eu devia ter contado que era noiva, devia ter confessado que tirava a aliança antes de sair de casa e a recolocava ao voltar. Talvez você devesse saber que eu  trocava olhares, dava beijos e até entregava meu corpo, mas era pra ele que eu voltava no final do dia de corpo, alma e coração. Devia ter dito que até gosto de adrenalina, mas não a troco pelo sossego de um abraço companheiro e um afago na nuca. Gosto do presente, de presentes e da presença também e isso, pra mim, é suficiente. Eu sou satisfeita com o que eu tenho, mas como qualquer uma me sinto atraída por outras guloseimas oferecidas facilmente nas ruas. Eu já estava enjoada da minha cadeira de balanço quando encontrei uma montanha russa, só aproveitei o momento. Aproveitei tudo. Eu não menti sobre mim, só omiti aquele pedacinho da história onde eu sou feliz.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

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Eu preciso de alguém, alguém que não vá embora quando se cansar de mim.
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Não estou triste, só estou quieta. É inexplicável como a minha quietude incomoda mais que a minha bagunça!

sábado, 8 de janeiro de 2011

Cinza

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E esse tem sido meu castigo por ter te deixado ir, a monotonia dos dias e a rotina cinza.
Acordo com o mesmo sono, deito com a mesma insônia. No pensamento mais nada, só uma nuvem de fumaça que não me deixa raciocinar e nem sentir. Com o tempo acabei criando mecanismos de defesa contra você.
Estou pela metade, estou morna e mais vazia que o habitual. Por isso tenho tentado sair mais, principalmente ao ar livre, quero ao menos me encher de vento. Um estranho sorri para mim, não consigo retribuir, na partilha dos bens você ficou com a minha felicidade. Outro me chega com uma cantada pronta, ignoro, nessa mesma divisão você também levou minha paciência e minha porção de esperança.
Me tornei repetitiva, escrevo a mesma história, falo sobre os mesmos assuntos, choro pela mesma pessoa e vivo a mesma vida, essa vidinha normal e sem graça que você deixou. Ai, sinto tanta falta daquela sensação de impossível que só você me dava.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

E você vem me falar de saudade?

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Chega até a ser cômico você querer falar de algo que não sabe o que é.
Saudade é estar ao lado de uma pessoa que todo dia te diz um "eu te amo" e você não conseguir falar mais do que um "eu também" por que o restante da frase já fora entregue a outro sem direito à devoluções. É beijar uma pessoa e não sentir gosto de nada. É ficar lado a lado e se sentir só.
Saudade é se recusar a viver o presente para ficar presa nas lembranças do passado, temendo morrer por falta de amor.

Tropeços da Virada

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Não consegui cumprir a minha principal promessa para o novo ano que se inicia. No primeiro minuto, bem ali, entre os pedidos para 2011, você invadiu os meus pensamentos e eu, fraquejei.
No momento da virada minha mente estagnou, não houve nenhuma imagem que não fosse a sua, por alguns minutos que pareceram uma eternidade, durou até o fim dos fogos. O primeiro pensamento do ano? Você. O primeiro desejo do ano? Você. O primeiro arrependimento do ano? Você.
Fiquei paralisada, boquiaberta, traída mais uma vez por lembranças que só existem para mim. Entretanto, foram apenas alguns minutos, logo recuperei a consciência.
Ora, o amor é uma droga e a recaída é uma atitude normal para qualquer viciado, até mesmo aceitável, mas como o próprio nome diz é apenas uma recaída. E vou levantar, sei que vou.
E para este ano que começa só me resta pedir força e equilíbrio para que eu possa me manter de pé, mesmo nessa desordem e desestrutura emocional que me personaliza.