quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

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Me defina como queira, não faço mais questão de ser perfeita para ti, não me esforço mais para te agradar e nem estás mais no centro do meu mundo. Sinto te dizer, mas para mim você perdeu a validade.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Para 2011

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Tenho tanto medo de que você fique pra sempre em mim que resolvi te matar aos poucos, dia após dia. Rasguei as cartas, queimei as fotos e me desfiz de todas as lembranças, não me importando se eram boas ou ruins, deletei todas. Fechei o sorriso, baixei o olhar e blindei o coração, aqui o amor não entra mais, pelo menos não tão cedo!
O bom do fim de ano, para mim, são as férias, a folga de tudo e o desafogamento da rotina. Não, não gosto de festas, o barulho e a multidão não são suficientes para amenizar esse vazio que vem na solidão. Bebida? Me alegra sim, mas a ressaca é devastadora e vem acompanhada de uma culpa envergonhada, então deixa pra lá. Vou esperar, ansiosa, para que 2010 se vá, e garanto não sentirei saudade de nadinha, pouca coisa talvez. Apesar do desastre no campo amoroso obtive bastantes conquistas profissionais, sorte no jogo, azar no amor... É assim desde que o mundo é mundo, a felicidade consiste em fazer escolhas e se contentá-las com elas.
Com o fim do ano aproveito para refletir sobre tudo o que fiz, me arrepender do que não fiz e tentar fazer no ano que se inicia. Inclusive, já começo a pensar na minha lista de objetivos para 2011. No topo da lista, te esquecer de vez! Ano novo, vida nova... Se não deu certo o jeito é sacudir a poeira e dar a volta por cima, não tenho mais tempo e nem lágrimas pra chorar. Também parei com essa estória de ler horóscopo, o meu e o seu, chega de ficar nessa esperança maldita para que os astros providenciem um reencontro, não tenho mais estômago para bis. Aliás, chocolate vai ser um item proibido, chega de tentar iludir meu ego com uma falsa felicidade que só dura até a última mordida.
Além dessas, mais e mais promessas virão, a maioria será descumprida outras farão parte de um ritual sagrado de motivação e assim eu espero 2011, cheia de otimismo, fé, inspiração e intensidade.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

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- Fecha os olhos para dormir menina!!!
- Não posso mãe. Quero sonhar!

Gosto de sonhar com os olhos abertos na intenção de que o sonho aconteça mais rápido.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Recusado

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Tô pensando em te excluir do meu orkut. Isso é o cúmulo da crueldade, você me  conhece bem, e nem adianta negar, sabe que  minha curiosidade é atrevida. É  óbvio que eu não vou resistir em vasculhar tua vida on-line. Conhecer e reconhecer teus amigos e amigas, bisbilhotar e admirar tuas fotos. E tudo estará bem enquanto os teus álbuns revelarem situações engraçadas e amigos incomuns. Tudo estará bem enquanto o teu estado for solteiro e a foto e o nome do perfil for só o teu. Mas tudo muda. E aí um belo dia, seca de curiosidade, abrirei o meu orkut e serei notificada das tuas atualizações. E vai doer tanto ter que constatar as alterações feitas não só no teu orkut, mas também na tua vida. Aquela foto na qual você está com um lindo sorriso no perfil foi trocada por uma  que tem você e ela, o seu nome vem acompanhado do nome dela e os álbuns retratam a atual felicidade dos dois.
Pior é constatar que ela nem é tão bonita assim e que fuçando o orkut dela concluo que ela nem gosta das mesmas coisas que você e que por mais que vocês se esforcem nas poses para parecer um casal, não possuem a harmonia exigida para tal. Os depoimentos dela são vazios, o que demonstra a sua incapacidade criativa - e eu só queria enfatizar que você se cansa rápido das coisas, sendo assim, criatividade é fundamental.
E mesmo sabendo que essa tentativa rídicula de romance de novela das seis não vai dar certo eu me entristeço, me revolto e passo a me comportar como a vilã da história criando fakes falsos para instalar a desconfiança e discórdia.
No início é engraçado, ocupo-me em atormentar a vida da minha rival até que ela se cansa e quando dou por mim, ela já saiu do teu orkut e das nossas vidas. Mas a felicidade é rápida porque logo outras virão e eu, sinceramente, quero mesmo é ser a mocinha à espera do príncipe, afinal a vilã nunca tem um final feliz.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Me Perdoa

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Me perdoa por não te contar tudo, por sentir tanto e guardar segredo dos meus sentimentos. Me perdoa por só complicar as coisas. Perdoa essa minha mania de querer ser amada e precisar de provas o tempo todo. Você não sabe, mas todos os dias eu sou massacrada com uma série de emoções e sentimentos diferentes e se me afasto é porque preciso de espaço para pensar e tentar colocar as ideias em ordem. Perdoa essa minha inconstância!
Desculpa se eu não soube lidar com tudo isso, se não consegui te mostrar tudo o que eu havia sonhado para nós dois. Desculpa por parecer tão louca, querendo tanto em tão pouco tempo.
Perdoa essa vontade de desistir, que às vezes me vem. Esse medo de te perder que muitas vezes acabava te sufocando.  Perdoa o meu orgulho que ultrapassa o meu tamanho.  Perdoa o meu rosto que vira, a minha mão que não se estende e o meu abraço que não dura.
Talvez, se eu tivesse te dito isso antes, você não teria se assustado tanto com essa louca rotina que é a minha vida. Entre o trabalho, a faculdade, o msn, o skapy, orkut, twitter, facebook, blog, celular que não para de tocar, agenda lotada das sete da manhã às onze da noite, sempre faltava um tempo só pra você. Eu devia ter me desligado enquanto ainda tinha tempo. Hoje, já sem você, nada mais me importa a ligação que eu espero nunca vem, as atualizações anunciadas nunca são as suas, a caixa de e-mails não me traz notícias de você. Isso é frustrante, desesperador. Às vezes acho que a culpa foi minha por não ter dedicado tempo, outras vezes acho que a culpa é tua pela falta de paciência e compreensão, depois, acho que a culpa é nossa pela imaturidade dos sentimentos. Enfim, acabou. Sem tempo, explicações ou respostas.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

O tempo não mudou quase nada

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Acho que nem preciso falar muito sobre mim, você já me conhece bem até demais. Não precisa se preocupar com o tempo, ele não mudou nadinha em mim. Pouca coisa, talvez o tom dos meus cabelos, a forma do meu corpo, a intensidade do meu olhar, mas o sentimento continua intacto. Dizem que o primeiro amor a gente nunca esquece, nem ouso mais duvidar disso, só Deus sabe o esforço que eu fiz para apagar você da minha mente, porque do coração já havia desistido.
Nunca vou esquecer daquele último bilhete, aquele da despedida: "Eu te amo, mas pena que não vamos mais nos ver". Sai daquela sala com uma sensação horrorosa, tudo em mim doía. Queria me perder no caminho pra casa, cair num buraco, ser abduzida por extraterrestres. Mas nada disso aconteceu. Cheguei em casa, entrei no meu quarto, fechei a porta e desabei. Chorei até as lágrimas secarem. Chorei até o tempo passar.
Serviu de alívio, as lágrimas lavaram o que tinha ficado de ruim e funcionou como soro para recuperar o coração já moribundo.
Resolvi parar de sofrer pelo o que foi perdido e me encantar com o que poderia ser achado. E no meio dos desencontros dos cotidianos encontrei você. Não resisti, como disse, o tempo não me mudou em quase nada. E apesar do sumiços das estrelinhas, seus olhos ainda me passaram a calmaria de um céu sem nuvens e me senti aquecida e protegida no seu carinhoso abraço. Senti mesmo foi vontade de ficar ali pra sempre, mas a vida real, as circunstâncias, as escolhas erradas de outrora e o meu orgulho não deixaram. Quase não dormi nessa noite, mal conseguia fechar os olhos, pra falar a verdade gosto mesmo é de sonhar acordada pra ver se o sonho se realiza mais rápido. Só que tá demorando!
E mesmo depois de tanto tempo ainda continuamos com esses desvios de olhares cheios de promessas, essas trocas de palavras com meias verdades. Esse jogo de quem ama primeiro misturado à essa vontade de amar ao mesmo tempo.
Não espera eu dizer alguma coisa, não. Porque eu não digo, eu só escrevo. Então, apenas lê e acredita nos que teus olhos revelam e teu coração entende dessa confusão sentimental que me resume.

Não por você, mas por mim

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Me assustei ao ouvir o celular tocar naquele horário. Bateu um arrepio, era quase medo, quase expectativa e uma vontade enorme de que fosse você. E era! O sol ainda nem tinha nascido, o relógio marcava pontualmente seis da manhã e uma voz grave e saudosa me desejando bom dia do outro lado da linha. Demorei para responder, estava sonolenta sim, mas demorei mesmo porque, confesso, já tinha perdido as esperanças. E sinceramente não sei o que estou sentindo direito.
A ferida deixada com a tua partida ainda tá cicatrizando, sabe? E se você voltar e depois quiser ir embora de novo, acho que não resisto. Seria muita crueldade da tua parte e azar da minha. Além do que não sei se ainda quero. Não por você, mas por mim. Esse tempo sozinha serviu para que eu reconhecesse minhas fraquezas e conhecesse minhas forças. Amadureci, e não só como pessoa, mas principalmente como mulher. E hoje na hora de tomar a melhor decisão, decido por mim, pelos meus sentimentos, pela minha vida e por minha felicidade.
E não pense, depois desse desabafo, que deixei de gostar de você. Eu apenas aprendi a gostar mais de mim.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Pode entrar, o coração é teu.

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Eita vidinha complicada. Já tinha me fechado pra balanço e colocado um ponto final nessa história e aí vem você com esses olhos de quem carrega um pedaço do céu e transforma tudo em reticências. Basta uma ligação para disparar esse meu bobo coração, colocar um mega sorriso no meu rosto, me fazer levantar da cama para ir pra frente do computador cheia de inspiração. Pronto! O sono foi embora e agora estou aqui sonhando acordada.
Não sei bem quantos quilômetros nos separam. Esqueci o teu endereço, o número do telefone da tua casa, a data do teu aniversário e também quase esqueci de você. Só não esqueço da forma como você me olhava e de como a tua estatura alta me protegia do sol. Não esqueço de quando você pegava na minha mão para atravessarmos a rua e do quanto era fascinado por revistas em quadrinhos. Para ser sincera, não esqueci de um monte de coisas. Coisas boas. As ruins eu fiz questão de apagá-las, uma por uma, para poder ter espaço no coração para quando você voltasse.
E você está voltando, bem devagarzinho, como quem não quisesse incomodar. Mas deixa eu te falar uma coisa: Não precisa de cerimônias, não. Pode entrar, o coração é teu.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Um amor chamado Amizade

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A gente nem é tão parecida e mesmo assim nos identificamos de cara.
Primeiro dia de faculdade e eu louca pra achar alguém conhecido e soltar a língua que já estava dando cãimbras por estar ali quietinha dentro da boca. Foi aí que eu a vi. Já conhecia ela, de vista, estudávamos na mesma escola, íamos a mesma igreja, entretanto nunca nos falamos. Mas nesse dia a necessidade de se comunicar era maior que a vergonha. Olhei pra ela e disse "Oiiiiiii"!Você também vai estudar aqui?". Ela respondeu com menos entusiasmo. Saimos dali com uma única certeza: escolhemos o mesmo caminho para nossas vidas, a administração. Peguei o número dela e no dia seguinte liguei. Descobrimos  que estudaríamos na mesma sala. Daí em diante não nos separamos mais.
Temos nossas diferenças, sim. Ela adora me puxar a orelha e eu adoro dar conselhos amorosos. Eu ensino teoria e ela me mostra a prática. Eu sonho em ser princesa e ela já nasceu com traços de heroína, aliás, é a personificação da Pocahondas.
Já a vi chorar inúmeras vezes, e em todas ofereci meu ombro. Já cheguei nas nuvens com essa minha mania de sonhar alto demais e ela me trouxe pacientemente ao chão. Nas diferenças nos completamos e no dia-a-dia, construimos um amor verdadeiro, chamado amizade!

O amor não espera. Só deixa o tempo passar

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Eu poderia ter insistido e até mesmo revestido a situação (apesar de não saber bem como eu faria isso). Mas eu me calei, repirei fundo e te deixei ir. O pior não foram as brigas, os gritos, as ofensas. O pior foi a frieza do olhar, a mágoa da voz e o silêncio insuportável que ficou depois de tudo. Você já havia cansado de ser romântico e tinha desistido de me fazer feliz. Droga, eu sonhei com um conto de fadas e agora vivo um filme de terror. O chato é que eu não me preparei para o fim, sabia que ele viria, mas nunca fui muito previnida, aí deu nisso... Meu castelo de areia desmoronou. E agora eu só posso contar com o tempo, remédio de todas as dores. Um dia passa. Eu sei que vai passar!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Presente do passado

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Ele poderia ter pedido o meu coração, mas pediu só um abraço e um cheiro. E eu gostei disso, apesar do tempo ele ainda conserva o dom da paciência.
Eu sou daquele tipo de pessoa que gosta de passado. Adoro assistir filmes mudos, ver fotografias antigas, ouvir músicas que não tocam mais nas rádios e amar quem já foi embora. A novidade é que agora o passado virou presente, então fica a dúvida: o amor é novo ou é velho ou será que é pra sempre?
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Era mais que um pedaço do céu. Era, na verdade, meu universo no seu olhar.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Estado Civil: Desinteressada

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Resolvi mudar o meu estado Civil. Não, não estou solteira. Estou desinteressada. Abro mão de viver tudo isso de novo, esses sentimentos confusos e dolorosos. Um bem querer que na verdade não quer, pelo menos não por muito tempo.
Abdico desses gostares razos e apáticos. Falta verdade, falta intensidade, brilho nos olhos e corações a pulsar no peito. E sem isso eu não vivo não, eu não me entrego não e nem amo e também não sou amada. Então, por que ser solteira? Para ganhar um galanteio? Um drinque? Uma noite? E a vida inteira de arrependimentos? Ter que cruzar com um homem na rua que sorrir de maneira maliciosa e te olha dos pés a cabeça e você passa reto, morrendo de vergonha, pois não lembra do nome dele e nem da noite em que esteve com ele, mas tem a certeza que já esteve. E vem de novo aquele vazio que está cada vez maior porque os que passaram não deixaram nada, mas levaram um pedaço enorme de você.
Apesar de ter várias mulheres dentro de mim fujo desse protótipo de mulher moderna de dia, caçadora a noite e triste e sozinha nas madrugadas.
Prefiro a verdade, sempre. Não costumo me aproximar da água para molhar só a ponta do pé, mergulho por inteiro. Não me entrego pela metade. Não amo aos poucos. Sendo assim, resolvi manter-me desinteressada aos outros para me interessar mais por mim.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

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Queria mesmo era ter vida de bicho. Dormir largata e acordar borboleta.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

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Coisa besta é essa vontade de querer morrer de amor!!!
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Tô com sede de mudança, mas não me basta só cortar ou mudar a cor do cabelo, renovar o guarda-roupa, trocar os móveis de lugar. Tem que ser uma mudança interna. Acho que já tá na hora de tirar você de mim.

De Passagem

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Indiferença é o único sentimento que eu nunca vou sentir por ti, afinal você me machucou tanto que todos os dias eu peço para que Deus te tire do meu caminho e fujo de qualquer hipótese de reencontro. Para quê? Deixa assim, só serviria para abrir essa feriada que já demora tanto para cicatrizar.
Mas confesso que foi torturante descobrir que apesar da minha resistência em ser conquistada e todo o meu carinho dedicado a você não impediram que eu fosse rapidamente substituída. Apesar da minha recorrência e simpatia em relação aos livros de auto-ajuda os títulos alá Augusto Cury nunca foram muito de minha preferência. Mas reconheço que ninguém é insubstituível! Nem mesmo eu. Não importa o quanto eu tenha me doado, não importa o quanto as minhas intenções de te fazer feliz foram fortes e nem mesmo o meu estado de extrema desolação depois do adeus. Você logo encontrou alguém mais interessante, aos teus olhos, para colocar no meu lugar.
E assim é a vida , você foi o trem e eu, passageira. 

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

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E teria dado certo, se não fosse essa maldita lembrança que eu ainda tenho de você!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Olhos de Vidro

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E eu chorei, chorei, chorei até sentir o gosto salgado das minha lágrimas e perceber que esse mar de sentimento aqui dentro ainda é teu. E isso me dá tanta raiva por me fazer perceber que, ao contrário do que eu pensava, não sou doce, sou salgada. E que poderia ser um riozinho, abalado pelo assoreamento, mas não, é um mar de águas fortes e geladas. Até quando isso vai durar? E por que foi tão intenso e avassalador comigo? Por que pra mim veio como uma tempestade, enquanto pra você não chegou nem a ser brisa?
Você sempre fingiu tão bem e eu lembro daquela companhia de teatro que veio à cidade e você me convidou para experimentar os palcos. Me recusei, lembra? Nunca soube fingir sentimentos, essa arte era toda tua. Não sei dizer ao certo se algum dia você me falou a verdade, mas nunca me liguei muito para o que você dizia, minha atenção sempre foi voltada para os teus olhos, e eles sempre foram tão reais que isso pra mim por si só já bastava, mas não era o suficiente, não. Você mentia com os olhos também.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Mundinho Preto e Branco

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Passei o dia inteiro com a sensação de alguma coisa pudesse acontecer a qualquer momento. O tempo passou e nada aconteceu e nem vai acontecer enquanto eu estiver mergulada nesse mundinho preto e branco.

A dor da Bailarina

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Ando meio esquecida de mim. Sentindo falta do que eu era, do que eu queria ser. Acordava cantarolando Lulu Santos: "Mamãe, eu vou pra Califórnia, vou ser atriz de hollywood, ser uma artista de cinema, o meu destino é ser star". Gostava tanto dessa música e do medo que ela causava nos meus pais. Apesar da minha capacidade nata para dramas, resolvi seguir por outro rumo. Queria dançar, libertar a alma do corpo por uns minutinhos. Me tornei bailarina, com toda sua sutileza e elegância e o biotipo alá Olivia Palito ajudou. Dos três ao quinze anos, uma vida vivida na ponta dos pés. As pessoas admiravam, aplaudiam, mas depois o palco se calava, a platéia se esvaziava, as luzes apagavam e eu ficava ali com os pés doloridos e cansado de tantas contusões e apesar disso eu amava aquilo tudo. O problema é que eu sempre fui muito promíscua e costumava mudar de amores facilmente. E assim abandonei a grande paixão da minha vida. Depois de tanta dor e com muita dor a deixei pra trás. Hoje, seis anos depois entendi que a dor é passageira, o amor não.

Essa Menina

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Diferente e meio confusa, deveria ser rejeitada, mas desperta um sentimento estranho que mistura admiração e antipatia. Desperta a indiferença e ao mesmo tempo aflora extintos protetores. Ela é tão pequena e delicada, parece um pedacinho de vidro. Tem um coração bobo, capaz de amar e perdoar outra vez. Mas, ao mesmo tempo, sensata, durona, independente. Tem os olhos doces, o cheiro de flor, mas o gosto amargo de quem foi estragada pela vida. Coitadinha dessa menina e do seu coração machucado!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

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Ela não acreditava em amor, até conhecê-lo. Bastou olhar em seus olhos para que ela encontrasse todas as respostas que procurou por toda sua vida. Acolher-se em seus braços e sentir todo o amor que o mundo lhe negou e encostar sua cabeça em seu peito para sentir seu coração em festa. Tão alegre quanto o dela por ter encontrado a pessoa certa. Alguém viu a cena e a descreveu como um encontro de almas gêmeas.

sábado, 30 de outubro de 2010

Reencontro

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Foi muito bom te reencontrar. Sentir aquele friozinho na espinha acompanhado daquelas borboletas no estômago como se fosse a primeira vez, realmente me deixou muito feliz.
Foi ocasional e desprogramado, adoro quando o destino me oferece esses presentinhos que enobrecem a alma. Mas apesar da brevidade, pude reparar bem naquele que sempre foi o meu pedaço preferido de você, seus olhos, e percebi que eles já não apresentam aquele brilho que eu, na minha inocência, teimava em chamá-lo de estrelinhas, sempre tive em seus olhos o meu céu particular. Talvez foi o tempo, talvez fosse só pra mim. É eu sinceramente prefiro acreditar na segunda hipótese.
Depois do olhar, o toque com o mesmo cuidado e carinho. Olha, é segredo, mas você sempre foi o meu super- herói favorito porque só a ideia de te ter por perto já ameniza a minha carência e me deixa mais segura.
E depois desse reencontro eu fiquei assim mais boba, aérea, nostálgica, sentindo saudade do que poderia ter acontecido, acreditando no que pode acontecer e exibindo esse sorriso de orelha a orelha.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

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             Queria sentir raiva, mas não posso, nasci para perdoar.
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O meu erro foi pensar que você era flor, quando na verdade você é espinho. E nessa condição era de se esperar que, mais cedo ou mais tarde, você iria me machucar.

Sem Graça

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Se só com você é que a minha vida tem graça. Isso significa que sem você ela só desgraça!
Para com isso, menina. Não fale palavrão! Mamãe reclama.
E ela tem razão, desgraça é um nome feio, porém mais feio que isso é ter que viver essa vida sem graça e sem você.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Ímpar

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Tenho tentado viver, mas atualmente só sobrevivo, se você leu meus posts antigos vai saber que o meu coração já não está comigo, tive que arrancá-lo para me manter de pé. E mesmo que digam que as aparências enganam e mesmo que eu me cubra de maquiagem e recorra a camuflagens para transparecer uma boa aparência, não consigo, meus olhos me enganam e me desmentem. Tentei inventar uma nova vida, mas ela pareceu tão vazia que preferi voltar pra essa e me conformar com a saudade do passado. Preciso de muito amadurecimento para aceitar que estou sem êxito no amor, por tempo indeterminado. E digo mais, não gosto dessa ideia de que ninguém me merece. Eu me sinto especial, mas também excluída. Não me encaixo a nada, logo, sou ímpar... sem par. Sei lá, acho que a bruxa malvada destruiu de novo o meu final feliz ou o dragão engoliu meu príncipe encantado, enfim, só sei que mais uma vez estou sozinha. E por mais que eu agite as coisas e tente fugir da rotina o meu pensamento sempre me trai e os meus pés sempre seguem você. Tá, eu sei que você não vai mais voltar e olha, nem eu quero que isso aconteça, porque apesar dos pesares eu já avancei um bocado e pelo menos agora já posso suspirar sem que o meu pensamento seja invadido pela tua presença. O tempo é o melhor remédio, eu sei disso, por isso preciso de uma grande dose de tempo para que passe depressa essa dor de sentir falta, essas lembranças que eu tento apagar, que eu tento. E sabe o que mais dói? É saber que todos esses momentos e sentimentos foram outrora divididos, mas só eu lembro disso.

Laço desfeito

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Foi uma ação rápida, mas não indolor. Aquele chaveirinho que há pouco estava na minha mão agora está lá, quebrado no chão. Fiquei ali, olhando incrédula... Bateu um vazio, uma tristeza e aquela musiquinha: " O anel que tu me destes era vidro e se quebrou, o amor que tu me tinhas era pouco e se acabou. E aí para dar maior veracidade ao fato, troca-se o anel pelo chaveiro.
O único laço de afeto foi desfeito. A única lembrança de carinho se espatifou. Aquele chaveirinho em forma de cisne, o único presente que você me deu, pequeno, barato, mas o único e simples presente que você poderia me dar naquela ocasião se quebrou. E com ele o amor que também acabou, se é que algum dia ele existiu.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

A triste amendoeira e o outono consolador

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De todas as estações do ano o outono é a minha preferida. Aprendi, por exemplo, a superar dores de amor com uma amendoeira que ficava ao lado da janela do meu quarto. É durante o outono que a amendoeira realiza sua maior transformação. Livra-se das folhas secas, renova-se e dar frutos. No campo amoroso esse processo não difere muito. Com base nos desconsolos da amendoeira passei a esperar pacientemente o outono chegar, e quando ele chegar, primeiro preciso me livrar das folhas mortas que são esses ressentimentos e essas lembranças que não servem para nada além de me fazerem sofrer, afinal o passado nunca volta. Depois, terei eu mudar de hábitos, aliás estou pensando seriamente em virar vegetariana, a notícia que um boi come por 60 famílias me impressionou muito, além do que o excesso de carne atrapalha a meditação e o desenvolvimento espiritual. Preencher minha rotina com alguma coisa que fuja da rotina para que talvez o meu pensamento fuja de você (seria um avanço e tanto) e por fim, os frutos. Uma nova vida, zerada, pronta para um novo amor. Aí sim, pode vim as flores e os encantos da primavera, a alegria e a intensidade do verão e o friozinho aconchegante do inverno.

Ser Companhia

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Ser companhia é simplesmente estar ali, presente, ao lado de quem precisa de você. Muitas das vezes a fala e os efeitos extraordinários são totalmente dispensáveis. O importante é comunicar ao outro que ele não está sozinho.
Ser companhia é perceber a carência do outro. É cuidar, proteger, sem incomodar, apenas acompanhar.
É  uma tarefa para amigos, amantes e para aqueles que te querem bem. é um serviço de lealdade, muitas vezes, realizado com maestria por animais de estimação, podendo ser estes um cachorro, um gato e até mesmo um peixe. Pois ser companhia se resume a compreensão e união de almas.
E o que dizer em momentos de dor? Nada, não precisa dizer nada, apenas sentir. Em determinados momentos as palavras só conseguem incomunicar.
O que importa é estar ali no momento certo, fazendo-se companhia.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Você não merece

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Não vou dizer que preciso de você, porque infelizmente, não posso precisar. Não vou dizer que gosto de você, porque você não merece meu amor. Não vou dizer que não sofri, porque ao contrário de você, não tenho medo de ser feliz. Não vou dizer que o mundo é cruel, porque eu tenho certeza que para você ele será pior. Não vou dizer que achei normal, porque para mim sinceridade é fundamental. Não vou dizer que não chorei, embora você não mereça. Não vou dizer que sinto saudade, sentir saudade do que nunca foi meu, de fato, seria patético. Não vou dizer que te odeio, mas com você minha consideração não existe mais. Não vou dizer que não estou triste, mas a decepção é ainda maior. Não vou dizer que é fácil escrever isso, mas te esquecer é mais difícil. Não vou dizer mais nada, quem não merece minha consideração nunca merecerá meus sentimentos e tampouco minhas palavras.

Bicho Solto

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Um menino que não sabe falar a verdade e quando fala, o faz em tom de brincadeira.
Tem a estranha mania de aprisionar passarinho, mas quando se sente cercado, foge.
Apesar de manso, não se deixa domesticar e estranha excessos de carinho. O máximo que podemos fazer por ele é alimentá-lo, afagá-lo por alguns momentos e deixá-lo ir.
Ele não é meu, nem seu, nem dele mesmo, pertence ao mundo. E como o mundo dá voltas, talvez um dia ele volte!

sábado, 9 de outubro de 2010

Folhas ao vento

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Parece que a nossa vida de relacionamentos está marcada pelos desencontros. Procuramos tanto o outro lado da laranja e quando finalmente encontramos percebemos que ele já apodreceu. Então, caímos no abismo da frustração, do desencanto, na dolorosa sensação de folha morta que vaga pelo tempo frio.

domingo, 26 de setembro de 2010

Fragilidade

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Resolvi não levantar da cama esta manhã. Acordei com uma estranha sensação de fragilidade, ousava mal me mover, na verdade estava com medo de quebrar. Me sentia fraca, pequena e indefesa... Me deu um vazio, senti vontade de chorar, mas não chorei, permaneci forte e, ao mesmo tempo, fraca. Tão frágil quanto um pássaro de asas quebradas.

sábado, 25 de setembro de 2010

É apenas uma praça e um potinho de sorvete

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A gente não se vê já algum tempo e eu confesso que ainda sinto saudade, de vez em quando. E hoje a saudade foi mais forte, simplesmente porque resolvi sair um pouco de casa, me distrair, sabe? Mas o meu coração traiçoeiro e os meus pés já acostumados me levaram justamente para aquela praça, aquela que você dizia que lembrava o primeiro beijo. Então vi o homem do sorvete e aí eu lembrei das vezes que estando lá, você o avistava de longe e saia correndo para comprar o meu sabor preferido, mesmo não gostando muito de morango, comprava só para me agradar.
Você me conhecia tão bem... Nunca mais encontrei ninguém com curiosidade/coragem suficiente para querer entrar nesse meu confuso mundo de múltiplas cores.
Ei, queria saber se você está bem? Se melhorou daquela gripe, se curou aquela unha encravada, se continua tomando as suas vitaminas? É, eu sei você não vai responder, nem quer, tudo bem. Queria saber se ler meus textos, se sabe que tenho um blog, ou se ainda lembra que eu tenho. Ah, esquece vai, era só uma praça e um potinho de sorvete!

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Formas de Amar

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Para sempre. Essa frase é muito longa e depende do destino que é muito vago e, como se não bastasse, é irmão do futuro, que por sua vez, é totalmente incerto.
Bem, se eu sabia de tudo isso por que acreditei em você? Talvez porque eu goste de me enganar, sempre tive uma tendência sadomasoquista.
Lembro muito bem do meu primeiro amor, Leonardo di Caprio, lindo, loiro, romântico, uma mistura de tudo com não-quero-mais-nada. Gostava da ideia de amá-lo, mesmo sem ele saber. Só o meu amor bastava para nós dois.
Mais tarde, deitada em um divã, descobri que isso que eu sentia pelo Léo (pois é, tinha até apelido) era o famigerado Amor Platônico. O nome não me agradava, mas a forma de amar sim. Porque o amor platônico é sinônimo da verdadeira concepção do amor, aquele de total entrega e doação, sem se esperar nada em troca.
Se isso machuca? Não. Como posso culpar uma pessoa por não sentir algo, sendo que nem ela sabe o que deveria sentir?
Bem diferente do Amor não correspondido , e esse realmente dói, porque você sabe o que sente e o outro também, mas ele simplesmente não se importa.
No amor platônico, o sentimento é seu, você é responsável por ele. Enquanto no amor não correspondido você divide com o outro o amor, cria expectativas, planeja o futuro e a recíproca, infelizmente, não é verdadeira.
No amor platônico você é tão auto-suficiente que é capaz de amar pelos dois. E o amor não correspondido? Sua auto-estima é zero, porque todo amor, inclusive o próprio, foi entregue ao outro. E você se transforma em um fantasma do que foi um dia.
Vejam bem, eu não estou defendendo esta ou aquela forma de amor, até mesmo porque amar só é realmente bom quando acontece ao mesmo tempo para ambos. Mas entre amar de forma velada e ser esnobada por amar alguém que não merece, eu prefiro a primeira opção. Ou eu amo e recebo amor em troca ou guardo esse sentimento para mim. é sempre bom ter uma reserva para os momentos de pós-separação. Tenho certeza que a minha auto-estima vai agradecer!

domingo, 19 de setembro de 2010

Eu vou esperar

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Eu vou esperar, pacientemente, que tudo se normalize, que o meu coração volte a bater, que meus olhos voltem a brilhar e meu rosto ganhe de novo um sorriso.
Eu vou esperar, pacientemente, que essas feridas cicatrizem, que minha lágrimas cessem e que eu possa voltar a suspirar sem que o meu pensamento seja invadido pela sua lembrança.
E vou esperar, pacientemente, que o outro venha. Mas não o esperarei em um cavalo branco, até mesmo porque sei que esses não existem mais. Passei dessa fase de acreditar em príncipes encantados!
Eu vou esperar, pacientemente, por aquele que devolverá todos os meus sonhos, minha alegria e que traga novas cores ao meu mundo porque, sinceramente, cansei dessa decoração preto-e-branca. E vou recebê-lo de braços abertos e sem nenhuma restrição. E vou aceitar os seus defeitos e manias chatas para que ele também possa aceitar os meus. E a ele darei um novo apelido e receberei outro em troca, nada muito adocicado, vai ser a nossa forma de dizer eu te amo em uma única palavra. E dessa vez, as juras de amor terão como cenário um céu estrelado.
Não cometerei com ele os mesmos erros que cometi com você, o de amar demais. Será algo na mesma proporção, aliás, ele me amará mais para que me sobre amor para dar a mim mesma.
E assim eu esperarei, pacientemente, para que esse novo alguém substitua os meus dias nublados por manhãs ensolaradas, meu isolamento por passeios no parque, minhas lágrimas por gargalhadas, minha dor por amor, um amor de verdade que só a paciência do tempo é capaz de revelar.

sábado, 18 de setembro de 2010

Me (re)organizando

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Resolvi por ordem em toda essa bagunça. Comecei pelo quarto, guarda-roupa, gavetas, enfim. Até que encontrei, no meio de toda essa tralha, alguns dos seus bilhetes, poucos, mas em sequência. Ao lê-los percebi que você já vinha me avisando da tua ida, de forma sutil, quase imperceptível, para entender precisava-se atentar para os detalhes, e eu nunca fui boa nisso, lembra? Pois é, você sabia desse meu problema com esses malditos detalhes, deveria, portanto, deduzir que eu não iria percebê-los. Por que não foi mais explícito? Por exemplo, quando você diz: "Quando estou contigo me sinto bem e não quero ficar sem você". Eu entendo: "Eu te amo e quero ficar do seu lado pra sempre". Sacou a diferença?
Eu sou leonina e faz parte da minha natureza o exagero. Não existe detalhes! Só percebi mesmo depois que acabou. E sofri (ainda sofro) por não ter sido avisada a tempo.
Mas não tem nada, não. Eu já estou reorganizando a bagunça, os cacos do meu coração já estão colados, usei uma cola super bond que me garantiram ser de uma resistência incrível. E a casa vai, aos poucos, se arrumando. E tudo voltará para os seus devidos lugares, inclusive o meu teimoso coração.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Por que ainda volta se não pretende ficar?

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Hoje ele estava aqui comigo. Eu, toda iludida, me sentindo tão bem, tão especial...E como se não bastasse, ainda me deu a sua mão e eu fiquei ali com essa minha mania biruta de tentar ler o futuro. Até que ele disse que eu estava quente, disse isso colocando a mão na minha testa, me fazendo achar que ele ainda se importava comigo; Uma espécie de maldade involuntária.
Mas não era febre o que eu tinha, era o calor que ele me causava, me passava, me emprestava. Por que sem ele, por dentro, tudo é tão frio. E basta o toque de sua mão para me aquecer. Ele é o meu remédio e proporciona efeito imediato. E aí tudo está bem, mesmo eu sabendo que logo ele vai me deixar. E agora eu só consigo ouvir o meu coração chorando baixinho.

Algodão Doce

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Estava sentada na janela quando vi o moço do algodão doce passar e por alguns instantes relembrei a primeira vez que comi aquele pedacinho de céu.
Eu devia ter uns seis ou sete anos e sempre ficava espiando pelas grades da escola o homem passar. Até que um dia o porteiro, seu Feliciano, se compadeceu de mim e abriu o portão. Fui correndo e chegando lá fiquei olhando, abismada, aquele homem transformar açúcar em pedaços macios de algodão. E quando eu coloquei o primeiro pedaço na boca que desmanchou, eu pude sentir o melhor gosto do mundo. E até hoje não posso ver, é meu ponto fraco. Afinal, não é todo dia que se tem a sensação de comer nuvem cor-de-rosa.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Eu só queria ver as estrelas com você

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Lembra quando você disse que iria ser pra sempre, mas eu não acreditei? Então, quer dizer que é assim, depois que eu acredito você muda de ideia?
Vovó costumava dizer que crescia uma verruga no dedo quando se apontava para uma estrela. Eu morria de medo, por isso ficava ali, só olhando e depositando meus sonhos de menina nelas. Mais tarde li em uma fábula qualquer que o amor só acontecia, de verdade, debaixo de um céu estrelado. Acho que é por isso que o nosso nunca aconteceu! Nunca olhamos as estrelas juntos para que elas presenciassem e abençoasse todas aquelas promessas de futuro feliz. Eu até insistia na ideia, mas você gostava mesmo era de sol. Agora eu me pergunto: Qual a validade de se dizer eu te amo debaixo de um sol escaldante do meio dia? Nenhuma!
Inverno, primavera, outono tudo isso lembra amor, sorrisos, pique-niques, abraços, corpos colados... Verão, não, lembra calor, suor, vontade de se sentir livre... Foi o sol, tenho certeza disso! Como é que o amor, que é um sentimento quente, resiste ao calor? Verão é paixão e não amor.
Pois é querido, então era só paixão. Pena que só você pensa assim, porque eu, ainda espero o restante das estações.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Terde demais

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Houve um tempo em que eu não podia nem te ver.
Agora posso estar de frente a você
Que meu coração não sente mais nada!
Me desculpa te falar, mas tenho que dizer,
Que hoje, mesmo acreditando em você,
Você se apaixonou por mim na hora errada!

Tarde demais! Tchau, tchau! Amor!
Tarde demais! Tchau, tchau! Já vou!
Não volto atrás...

domingo, 12 de setembro de 2010

A Despedida

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Você vai aprender a viver sem mim, foi isso a última coisa que ele me disse antes de atravessar aquela porta.
Ele colocou a mochila nas costas e saiu antes que eu pudesse dizer uma ou duas palavras. Bateu a porta e sumiu logo na primeira esquina da rua, acho que não quis prolongar o meu sofrimento em ter que vê-lo partir. Nos meus olhos milhares de lágrimas contidas ameaçavam derramar a qualquer momento.
Ele não sabia o que estava dizendo, não imaginava que eu jamais aprenderia a viver novamente sozinha ou com qualquer outro alguém. Era tudo tão completo, tão perfeito, tão feliz que sem ele nada restava. Nada.
Mas finais são sempre assim, tristes e frios. E nos meus momentos de fossas, eu lembrava de certos filmes que havia visto, livros que havia lido e músicas que havia ouvido. Todos falavam sobre abismos, sobre casais desfeitos, amores não correspondidos, dores profundas, estradas sem fim. Mas dentro da ficção, tudo sempre tem cura: um outro amor, uma reconciliação, um novo brilho nos olhos. Na realidade, tudo é diferente. Ele não vai mais voltar e eu jamais encontrarei alguém que possa substituí-lo e talvez eu me esqueça, com o passar do tempo, coisas simples como andar de bicicleta ou de praticar o meu latim, mas jamais esquecerei a sensação de estar ao lado dele.
O problema é que ele sabe demais. Sabe sorrir, chegar, escrever, contar estórias, ouvir as melhores músicas e dar o melhor abraço do mundo. Além disso ele é lindo, aos meus olhos, lindo além da conta. Uma mistura de elementos doces, ásperos, cítricos e delicadamente aromatizados. Ele sabe ganhar um sim de mim em todos os momentos, basta me olhar com aqueles olhos inexplicavelmente sedutores. Maldito olhar, maldito sorriso.
Eu cai em todas as armadilhas, sem exceções. Acontece que pra ele eu era apenas mais um número, uma vítima, um degrau a ser subido.
E agora, com a cabeça encostada na mesa, eu penso que ainda morre-se por amor, por mais que a postura conteporânea tente abolir certos ritos poéticos. Não é uma morte imediata, não é o mesmo veneno tomado por casais medievais apaixonados, é mais lento. Morre-se devagarzinho, dia após dia. A sorte é que como demora, ainda há tempo de reagir, basta secar as lágrimas, abrir as janelas e esboçar um sorriso para o estranho do outro lado da rua.

sábado, 11 de setembro de 2010

Traição da Alma

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Quem diria que eu, leonina legítima, vaidosa ao extremo, compradora compulsiva, me tornaria isto. O desleixo tomou conta do meu corpo e a preguiça da minha alma. Já não me olho mais no espelho, perdi minhas escovas de cabelo e me esqueci da minha porção diária de cosméticos anti-ressecamento, anti-sinais, anti-celulite... Atualmente só uso o anti-expressão. Me transformei em um ser apático, diria até vegetal, inclusive, já apresento uma cor que muito se aproxima do verde, mesmo. Não tenho nem vontade de abrir as janelas para deixar os raios solares entrarem, mas é até melhor assim, o meu corpo pode reagir e começar a produzir fotossíntese.
Me perdi, ou melhor dizendo, me esqueci. A verdade é que o meu amor próprio encontra-se em stand by, e isso não deixa de ser uma forma de traição da alma. Veja só, ganhei uma vida novinha, um coração saudável e uma porçãozinha de sonhos, e o que eu fiz? Entreguei tudo isso nas mãos de outra pessoa que não deu valor. Da vida ele aproveitou, o coração ele machucou e os sonhos ele destruiu um por um. Fui uma adúltera, trai a mim mesma. Não poderia ter me trocado assim por alguém que não valia a pena, porque o reconhecimento do amor próprio é o começo de um amor sem fim.

Será Esquecimento?

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Hoje eu não lembrei de você.
Acordei, trabalhei, estudei, vi pessoas, senti cheiros, ouvi vozes e até suspirei e mesmo assim não lembrei de você. Será que eu te esqueci? Será que a saudade foi embora e deu espaço para uma vaga lembrança?
Não posso dizer que você não foi importante, seria muita injustiça da minha parte, afinal é você quem me dar inspiração para os meus tristes posts. E aí eu me pergunto: E depois de você? Será que futuramente eu irei escrever coisas sobre moda, beleza, entretenimento? Ou escreverei sobre olhares cúmplices, pares perfeitos e amores correspondidos?
O meu coração tá sarando, sabe? E tem mais, talvez você não saiba, mas eu inventei uma vida nova e nela , não lembrei de deixar um espaço para você. Será que eu te esqueci? E você, será que também já me esqueceu? Será que no meio de tanta confusão de sentimentos é assim que acaba? O amor morre, a saudade vai embora e o tempo se encarrega de apagar tudo?
Eu não penso mais em você, mas então, por que ainda insisto em lembrar que te esqueci?