sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Algodão Doce

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Estava sentada na janela quando vi o moço do algodão doce passar e por alguns instantes relembrei a primeira vez que comi aquele pedacinho de céu.
Eu devia ter uns seis ou sete anos e sempre ficava espiando pelas grades da escola o homem passar. Até que um dia o porteiro, seu Feliciano, se compadeceu de mim e abriu o portão. Fui correndo e chegando lá fiquei olhando, abismada, aquele homem transformar açúcar em pedaços macios de algodão. E quando eu coloquei o primeiro pedaço na boca que desmanchou, eu pude sentir o melhor gosto do mundo. E até hoje não posso ver, é meu ponto fraco. Afinal, não é todo dia que se tem a sensação de comer nuvem cor-de-rosa.

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