domingo, 19 de setembro de 2010

Eu vou esperar

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Eu vou esperar, pacientemente, que tudo se normalize, que o meu coração volte a bater, que meus olhos voltem a brilhar e meu rosto ganhe de novo um sorriso.
Eu vou esperar, pacientemente, que essas feridas cicatrizem, que minha lágrimas cessem e que eu possa voltar a suspirar sem que o meu pensamento seja invadido pela sua lembrança.
E vou esperar, pacientemente, que o outro venha. Mas não o esperarei em um cavalo branco, até mesmo porque sei que esses não existem mais. Passei dessa fase de acreditar em príncipes encantados!
Eu vou esperar, pacientemente, por aquele que devolverá todos os meus sonhos, minha alegria e que traga novas cores ao meu mundo porque, sinceramente, cansei dessa decoração preto-e-branca. E vou recebê-lo de braços abertos e sem nenhuma restrição. E vou aceitar os seus defeitos e manias chatas para que ele também possa aceitar os meus. E a ele darei um novo apelido e receberei outro em troca, nada muito adocicado, vai ser a nossa forma de dizer eu te amo em uma única palavra. E dessa vez, as juras de amor terão como cenário um céu estrelado.
Não cometerei com ele os mesmos erros que cometi com você, o de amar demais. Será algo na mesma proporção, aliás, ele me amará mais para que me sobre amor para dar a mim mesma.
E assim eu esperarei, pacientemente, para que esse novo alguém substitua os meus dias nublados por manhãs ensolaradas, meu isolamento por passeios no parque, minhas lágrimas por gargalhadas, minha dor por amor, um amor de verdade que só a paciência do tempo é capaz de revelar.

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