domingo, 5 de dezembro de 2010

Pode entrar, o coração é teu.

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Eita vidinha complicada. Já tinha me fechado pra balanço e colocado um ponto final nessa história e aí vem você com esses olhos de quem carrega um pedaço do céu e transforma tudo em reticências. Basta uma ligação para disparar esse meu bobo coração, colocar um mega sorriso no meu rosto, me fazer levantar da cama para ir pra frente do computador cheia de inspiração. Pronto! O sono foi embora e agora estou aqui sonhando acordada.
Não sei bem quantos quilômetros nos separam. Esqueci o teu endereço, o número do telefone da tua casa, a data do teu aniversário e também quase esqueci de você. Só não esqueço da forma como você me olhava e de como a tua estatura alta me protegia do sol. Não esqueço de quando você pegava na minha mão para atravessarmos a rua e do quanto era fascinado por revistas em quadrinhos. Para ser sincera, não esqueci de um monte de coisas. Coisas boas. As ruins eu fiz questão de apagá-las, uma por uma, para poder ter espaço no coração para quando você voltasse.
E você está voltando, bem devagarzinho, como quem não quisesse incomodar. Mas deixa eu te falar uma coisa: Não precisa de cerimônias, não. Pode entrar, o coração é teu.

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